Em ato de diplomação, Afrânio protesta contra autorização de empreendimento na Ponta do Coral, em Florianópolis


O ato de diplomação dos 23 vereadores, do prefeito e vice-prefeito de Florianópolis foi marcado por protestos contra a autorização do empreendimento de luxo na região da Ponta do Coral. A Hantei Engenharia recebeu alvará autorizando a obra no último dia 13, por manobra do prefeito Dário Berger (PMDB). 

O vereador eleito Afrânio Boppré (PSOL) esticou uma faixa com os dizeres “Ponta do Coral 100% Pública” no momento em que foi chamado para receber o diploma de vereador da capital. Além disso, o PSOL distribuiu uma nota cobrando a coerência do prefeito eleito César Souza Jr. (PSD), que se comprometeu a barrar o empreendimento durante a campanha eleitoral. 

“Há uma concepção elitista e atrasada que reserva para áreas de lazer, cultura e recreação espaços residuais, sobras do mercado imobiliário. Nós entendemos que áreas nobres precisam ter destinação pública. Por isso defendemos a Ponta do Coral em Florianópolis como área 100% pública”, afirmou o vereador eleito. 

Além de Afrânio, integrantes dos movimentos sociais também estiveram presentes para protestar contra as obras do hotel na Ponta do Coral e também por moradia popular.  Integrantes do Movimento Sem Teto e das Brigadas Populares levaram faixas e cartazes exigindo providencias dos diplomados.

PSOL declara solidariedade à greve da saúde

A greve dos trabalhadores da saúde de SC alcançou mais de trinta dias.

Ao mesmo tempo que lutam com reivindicações legitimas por melhores condições de salário e trabalho, eles também denunciam a grave situação dos serviços públicos na área da saúde.

O PSOL é a favor do serviço publico de qualidade, contra portanto, a precarização, qualquer tipo de terceirização e condena o modelo de gestão da saúde baseada em princípios liberais que se materializa, sobretudo com a implantação das chamadas Organizações Sócias.

O governador Colombo deve honrar sua promessa eleitoral: seu governo teria três prioridades: saúde, saúde e saúde.

O PSOL apela ao bom senso do governador Raimundo Colombo para reabrir as negociações e devolver à normalidade dos serviços de saúde à população catarinense.

Contra a criminalizarão dos Movimentos Sociais
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE

Entrevista com o vereador eleito Afrânio Boppré (PSOL)

Vereador eleito do PSOL, Afrânio Boppré é entrevistado pelo Diário Catarinense. Analisa as eleições municipais, fala sobre os principais eixos de atuação do mandato e comenta o Plano Diretor. Veja o vídeo:


 

PSOL vence congresso em foco‏


Os parlamentares do PSOL se destacaram mais uma vez no Prêmio Congresso em Foco 2012, que foi entregue na noite desta quinta-feira (08/11), em Brasília. Nesta sétima edição do prêmio, os deputados Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys e o senador Randolfe Rodrigues foram escolhidos entre os que melhor representaram os interesses da população. A escolha oi feita por jornalistas que cobrem o Congresso Nacional e pelos internautas.

O deputado Jean Wyllys foi escolhido pelos internautas como melhor deputado em 2012. Chico Alencar e Ivan Valente ficaram respectivamente na segunda e na quarta colocação. A terceira colocada foi a deputada Luiza Erundina, de São Paulo. Chico Alencar não pode comparecer à cerimônia por estar em recuperação de cirurgia cardíaca e foi representado pelo deputado Ivan Valente, que leu uma mensagem de agradecimento.
Já o senador Randolfe Rodrigues foi escolhido como o parlamentar do futuro. Ele é o mais jovem senador do país, eleito pelo estado do Amapá. Ranfolfe também recebeu os prêmios de destaque como defensor da segurança jurídica e na luta contra o crime organizado, apoiada pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF).
Veja a ordem de classificação dos deputados, de acordo com a votação na internet:
Jean Wyllys
Chico Alencar
Luiza Erundina
Ivan Valente
Manuela D’Ávila
Tiririca
Benedita da Silva
Vicentinho
Alessandro Molon
Jandira Feghali
Paulo Teixeira
Miro Teixeira
Dr. Rosinha
Antonio Carlos Magalhães Neto
Reguffe
Luiz Couto
Henrique Fontana
Domingos Dutra
Alfredo Sirkis
Ronaldo Caiado
Mara Gabrilli
Carlos Sampaio
Antonio Carlos Mendes Thame
Bruno Araújo
Rebecca Garcia

Categoria Internet:
Arnaldo Faria de Sá

Ivan Valente e Afrânio Boppré representam o PSOL na convenção do Bloco de Esquerda, em Portuga‏l


Representando o Partido Socialismo e Liberdade, o deputado federal Ivan Valente, presidente nacional do PSOL e Afrânio Boppré, Secretário de relações internacionais, participaram neste final de semana da VIII Convenção do Bloco de Esquerda, em Portugal. Formado por três organizações com trajetórias e origens distintas que se uniram para fazer frente à política de conciliação do Partido Socialista e aos limites ideológicos e organizativos do Partido Comunista Português, o Bloco de Esquerda é um partido que, com 13 anos de vida, se transformou na terceira força política de Portugal. 

A convenção aconteceu em Lisboa às vésperas da visita da chanceler alemã Angela Merkel e de uma greve geral que atinge Portugal e vários países da Europa. O Bloco de Esquerda tem defendido que o governo rompa com as orientações da “Troika” (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Européia) contidas no memorando de cooperação assinado por Portugal, que tem imposto inúmeros sacrifícios aos trabalhadores, com cortes drásticos nas aposentadorias, demissões em massa, enxugamento da máquina e privatizações.


Entre os principais temas debatidos na Convenção do Bloco de Esquerda esteve a necessidade de formar um governo de esquerda contra a Troika. O partido tem convocado inclusive o PS português a compor um governo anti-austeridade. Segundo a nova co-coordenadora da Comissão Política do Bloco, Catarina Martins, a Troika é o “inimigo a vencer”.

Catarina Martins lembrou o tempo difícil que Portugal viveu em 2011, “quando já se sabia que a austeridade era o caminho da destruição”. “Bem sabemos que os únicos ajudados foram os donos dos bancos. E o resultado são mais 200 mil pessoas sem emprego, jovens, sem lugar no seu país. Mais ainda, a economia parada, uma dívida que não para de crescer”, afirmou na cerimônia de encerramento.

Na avaliação do Bloco de Esquerda, a política da austeridade tem aumentado ainda mais a recessão no país, o que levará a um “desastre social”. “Acima das nossas possibilidades são os juros que pagamos e que destroem o país”, afirmou João Semedo, outro co-coordenador do Bloco. Ele citou uma longa lista das privatizações e das medidas de destruição dos serviços públicos implementadas pelo governo.

O partido defende o investimento nos serviços públicos – que seguem sendo atacados pela direita – e propõe a criação de um fórum para discutir a escola e saúde públicas e seguridade social, apostando na mobilização das pessoas, na reconfiguração do espaço político, na recuperação da democracia e na construção de uma alternativa.

“Querem agora vender-nos a ideia de que temos que ser devedores honrados. Mas onde é que está a honra de colocar pessoas que vivem com 500 euros por mês a pagar a crise?”, questionou, acrescentando: “Honra é cortar o apoio aos acamados, é cortar nos apoios às crianças que têm que ir para a escola, é cortar nas reformas de quem pouco ou nada tem? Isso não é honra, é covardia”, disse Semedo.

“Num momento como esse, trocar experiências de enfrentamento à crise foi muito importante para o PSOL”, avaliou Ivan Valente. “Ninguém mais aguenta essa política de arrocho, de empobrecimento contínuo da população, enquanto se socorre os bancos. No fundo, é a mesma política em todo o mundo, em que o capital financeiro tem a hegemonia do processo e os governos seguem a mesma receita”, disse.

“O mesmo acontece no Brasil, onde continuamos reservando 45% do orçamento para pagar juros da dívida pública, como se fosse natural entregar 800 bilhões de reais aos banqueiros nacionais e internacionais e permitir a especulação financeira, enquanto se quebra a saúde, a educação, a moradia popular e o transporte coletivo de massa. É por isso que os povos de todo o mundo têm que se unir contra essa política hegemônica do capital financeiro”, afirmou Ivan Valente na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (14/11).

Também participaram da convenção do Bloco de Esquerda partidos de outros países, como o SWP (Inglaterra), Abertzale (País Basco), Parti de Gauche e Gauche Anticapitaliste (França), além do Siryza (Grécia) e a Izquierda Unida (Espanha).

RESOLUÇÃO DE BALANÇO DAS ELEIÇÕES 2012 DO PSOL


RESOLUÇÃO DE BALANÇO DAS ELEIÇÕES 2012 APROVADO NA EXECUTIVA NACIONAL DO PSOL



Eleições municipais: um PSOL mais forte e vitorioso

1. O Partido Socialismo e Liberdade enfrentou as eleições de 2012 num quadro ainda marcado pela estabilidade da hegemonia burguesa no Brasil. Essa estabilidade tem assegurado a adoção medidas conservadoras que impediram até aqui que os efeitos da crise econômica mundial fossem mais fortemente sentidos internamente. A redução das taxas de juros com indução do investimento interno – justificado, sobretudo, pelas grandes obras de infraestrutura com vistas aos mega eventos esportivos – aliado à forte política de renúncia fiscal e manutenção do consumo, criaram barreiras temporárias aos efeitos da crise internacional. Evidentemente, essas medidas não são sustentáveis, uma vez que aprofundam a dependência externa e deixam o país vulnerável à instabilidade do mercado. Basta lembrar, por exemplo, que a recente desaceleração da economia chinesa vinha impactando fortemente a balança comercial brasileira nos últimos meses, situação que dá sinais de reversão.

2. No cenário político interno, a manutenção do consumo e dos investimentos públicos e privados – em grande medida financiados pelo BNDES, hoje o segundo maior banco de fomento do mundo – geraram um sentimento de relativa segurança econômica para os trabalhadores. Não por outra razão, Dilma e seu governo ostentam níveis elevadíssimos de aprovação. A oposição conservadora, por seu compromisso com o atual modelo econômico, não tem conseguido apresentar-se como alternativa. Contudo, os limites do atual projeto político e econômico, representados pela incapacidade de atender às reivindicações populares por aumento salarial, reforma agrária e urbana, serviços públicos de qualidade e conquista de direitos, abre espaço para uma alternativa de esquerda na política nacional. Por isso as eleições desse ano, embora de âmbito local, ajudaram a credenciar o PSOL para ocupar um espaço mais expressivo no cenário político brasileiro.

3. O saldo das eleições municipais não representou alteração substancial da correlação de forças entre os blocos políticos dominantes no país. A tendência de crescimento do PT se manteve e a conquista da cidade de São Paulo foi o principal símbolo desse avanço. Porém, dentro do condomínio que governa o país, outros atores saíram-se fortalecidos, como o PSB, que pode agora ensaiar voos mais audaciosos em 2014 ou ter papel de maior destaque na atual coalizão. Considerando os seus cinco partidos principais (PT, PMDB, PSB, PDT e PCdoB) a base do governo elegeu 2468 prefeitos e governará 55,18% da população brasileira, além de terem vencido a disputa em 16 capitais.

4. A oposição conservadora, mesmo vencendo em Manaus, Belém e Salvador, saiu enfraquecida. Seus próceres acreditavam que o julgamento do Mensalão nacionalizaria o debate das eleições municipais e que provocaria uma queda na votação do PT e dos seus aliados. É verdade que em cidades importantes do Nordeste o PT perdeu as eleições, mas motivos locais foram muito mais importantes do que temas nacionais. Basta analisarmos a derrota em Salvador, relacionada diretamente à rejeição do governo estadual petista, ou ainda, as derrotas em Fortaleza e Recife, que devem ser creditadas à força de seus  governadores. Considerando seus principais partidos a oposição conservadora elegeu 1103 prefeitos e governará para apenas 20,14% dos brasileiros, elegendo sete prefeitos em capitais.

5. Foi nesse cenário complexo que o PSOL enfrentou as eleições municipais desse ano: eleições quase sempre marcadas muito mais por temáticas locais que pela situação nacional. Como regra, mesmo as candidaturas do PSOL apresentaram-se como alternativa de poder local, dialogando com a realidade dos municípios e evitando transposições automáticas do cenário nacional, o que demonstra um amadurecimento do partido. Conseguimos desenvolver na maioria das cidades de forma equilibrada a relação entre o local e do nacional. Sobretudo nas capitais, nossos programas de governo para os municípios trabalharam centralmente temas como a dívida pública, a mobilidade urbana, a garantia de direitos como saúde e educação, a defesa do meio-ambiente, o combate à corrupção, a participação popular e o financiamento das campanhas. Enfim, temas com uma forte correspondência com a realidade dos milhares de municípios brasileiros.

Por que o PSOL cresceu?

6. O resultado eleitoral positivo, porém, se deve a variados fatores. O PSOL se credenciou através de sua presença nas lutas sociais para fazer a disputa de hegemonia na sociedade e melhorar seu despenho eleitoral. A presença de nossa militância e de nossos parlamentares em favor dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, defendendo a resistência popular na ocupação do Pinheirinho, nas lutas do funcionalismo público, na greve dos Bombeiros no Rio de Janeiro e combatendo as reformas no Código Florestal – transformando o PSOL em referência da luta ambiental – fortaleceram o partido como referência política de esquerda. Além disso, nosso protagonismo na CPI do Cachoeira com nossos deputados federais e nosso Senador, e nossa iniciativa de pedir a cassação do mandato do Senador Demóstenes Torres, reafirmou nosso compromisso com a ética e nossa independência política.

7. Ademais, o equilíbrio correto entre a ação institucional e nossa presença nas lutas sociais demonstra que o partido caminha para afirmar-se como alternativa viável às eleições de 2014. Demonstramos a importância de uma participação qualificada no processo eleitoral, combinando uma tática correta de ampliação com o acúmulo prévio que se deu na luta popular e institucional. Nosso crescente enraizamento popular e nossa ação parlamentar competente e reconhecida demonstram que temos evitado tanto a priorização da institucionalidade quanto o movimentismo despolitizado.

8. Apresentando-se como alternativa de esquerda, nosso partido cresceu. Fomos o partido com o maior número de candidatos a prefeito nas capitais, na maioria dos casos em chapas sem coligações. Recebemos 2,3 milhões de votos no primeiro turno para prefeito e 1,1 milhão de votos para nossa chapa de vereadores. No segundo turno tivemos 473 mil votos, mesmo disputando a eleição em apenas duas cidades. Elegemos dois prefeitos: o companheiro Gelsimar Gonzaga, em Itaocara (RJ), e o companheiro Clécio Luís, em Macapá, primeiro prefeito do PSOL numa capital. Aumentamos de 25 para 49 o número de vereadores eleitos, sendo 21 deles em capitais. Mantivemos ou ampliamos nossa bancada em algumas das principais cidades do país (Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia, Niterói, Viamão, Maceió, Macapá e Rio de Janeiro) e elegemos nossos primeiros vereadores em cidade importantes como Florianópolis, Natal, Salvador, Campinas e Belém. Na cidade de São Paulo, maior cidade do país, elegemos nosso primeiro vereador.

9. Importante destacar, ainda, o virtual crescimento da votação do PSOL nas capitais. Como regra geral, houve um incremento da votação majoritária do partido em importantes cidades do país superando em muito o desempenho nas eleições de 2008. Destacam-se, dentre outras, as votações dos candidatos do PSOL em capitais como Florianópolis (14,4%), Fortaleza (11,8%) e Boa Vista (10,6%) que superaram a marca dos 10%.

10. Além disso, o desempenho do PSOL nas cidades definidas como prioritárias pelo partido em seu último Congresso – Rio de Janeiro, Belém e Macapá – mostram o acerto de nossa tática. Pela primeira vez, nosso partido assumiu o papel de principal antagonista às forças conservadoras em três importantes capitais, sendo uma delas a segunda maior metrópole do país.

Principais resultados  

11. No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo alcançou 28% dos votos no primeiro turno, transformando-se no principal candidato de oposição ao governo de Eduardo Paes (PMDB). Nem mesmo nomes tradicionais na política carioca, como Rodrigo Maia (DEM) ou Otávio Leite (PSDB), puderam fazer frente à força da candidatura de Freixo. Reelegemos nossos vereadores e ainda conquistamos mais duas vagas na Câmara. Angariando o apoio de amplos setores da juventude, intelectualidade, movimentos sociais, artistas e deslocando setores partidários contrários a participação no condomínio do poder estabelecido em torno do PMDB, o PSOL impulsionou no Rio um extraordinário movimento de renovação política. A juventude, em especial, cumpriu um papel de destaque nesse processo. Além do extraordinário desempenho individual, Freixo ainda contribuiu com a ampliação da bancada do PSOL na Câmara de Vereadores, ampliando a representação do partido de dois para quatro parlamentares. O balanço no Rio de Janeiro, portanto, só pode ser vitorioso: ao mesmo tempo em que consolidamos nossa referência de principal polo aglutinador da esquerda carioca, ampliamos nossa representação na Câmara de Vereadores e consolidamos nosso trabalho político no capital.

12. Em Belém e Macapá, a ida do PSOL ao segundo turno mostra a correção da política de alianças aprovada pelo partido em seu III Congresso e referendada pelo Diretório Nacional. Sem a ampliação do arco de alianças para a além da Frente de Esquerda, o exíguo tempo de TV e o ainda incipiente enraizamento do PSOL nessas e em outras capitais, teria impedido a ida de nossos candidatos ao segundo turno. Assim, a presença do PCdoB na chapa de Edmilson Rodrigues em Belém, e do PPS e outros partidos na chapa de Clécio Luís em Macapá, longe de comprometer nosso programa ou nosso discurso (como chegou a ser defendido por alguns setores) foi decisiva para assegurar nossa ida ao segundo turno nessas cidades.

13. Em Belém, mesmo sendo derrotado no segundo turno, o partido teve uma grande vitória política. Com pouco mais de um minuto conseguimos um terço dos votos da cidade. Elegemos cinco vereadores em nossa coligação, sendo quatro do PSOL, entre eles a companheira Marinor Brito com mais de 20 mil votos. Também por isso, no primeiro turno nossa candidatura foi alvo de ataques impiedosos por parte de quase todas as demais candidaturas. O esforço dos setores conservadores de desconstrução da imagem de Edmilson e dos oito anos de Governo do Povo, porém, não foi suficiente para impedir que nossa candidatura fosse ao segundo turno em primeiro lugar. Evidentemente, essa campanha difamatória cobrou seu preço, e a possibilidade de vitória ainda no primeiro turno deu lugar a uma pequena vantagem sobre nosso adversário ao final dos primeiros noventa dias de campanha. O otimismo que levou parte da militância a sonhar com uma vitória no primeiro turno, porém, não deve obscurecer a importância desse resultado.

14. No segundo turno enfrentamos a frente única das elites e obtivemos 43% dos votos da cidade. Foi um resultado conquistado pelos acertos da direção, pelo carisma e disposição militante do nosso candidato, pela capacidade de ampliação de alianças e pelo engajamento militante de milhares de pessoas, de diferentes partidos, unidas em torno do sonho de restaurar um governo popular em Belém. Edmilson conseguiu unir todos os setores progressistas em torno dele, experiência que não pode ser diminuída. O PSOL se tornou, através dele, a principal referência política da esquerda no Pará. Com isso, nosso partido se credenciou duplamente: como importante força política naquele estado e como liderança da oposição aos tucanos.

15. Em Macapá, o PSOL buscou desde o primeiro momento apresentar-se como principal alternativa à quadrilha que governou a cidade nos últimos quatro anos. Num quadro muito adverso, lutando contra as máquinas eleitorais da Prefeitura, em favor de Roberto Góes (PDT), e do governo estadual, em favor de Cristina Almeida (PSB), o empenho de nossa combativa militância, o prestígio emprestado por nosso Senador, Randolfe Rodrigues, e as qualidades individuais de nosso candidato, levaram nossa coligação ao segundo turno.

16. Uma vez no segundo turno, a engenharia política operada pela direção do PSOL em Macapá logrou ao mesmo tempo, receber o apoio dos partidos de tradição progressista no estado (PCdoB e PSB) quanto neutralizar adversário do campo conservador. O apoio declarado pelo candidato do DEM, Davi Alcolumbre, e de outros setores ou frações da direita local, embora sejam alvo de questionamento de setores do partido, foi decisivo para a vitória do PSOL. A diferença de pouco mais de 1% demonstra que, sem essa movimentação, teria sido impossível derrotar a máfia que governa Macapá.  

Principais dificuldades

17. Porém, não tivemos apenas vitórias nessas eleições. Em cidades importantes do país, nosso desempenho ficou aquém do necessário. Principal expressão dessa situação é São Paulo. Além disso, a eleição de pelo menos oito vereadores em coligações não autorizadas ou expressamente vetadas pelo Diretório Nacional demonstram que é necessário aprimorar o acompanhamento junto às direções estaduais e dar uma solução política a esses casos. Ademais, houve casos onde mesmo a pronta intervenção da Direção Nacional através de seus advogados não foi atendidas pelos juízes eleitorais, permitindo que coligações vetadas fossem mantidas.  

18. Além disso, ficou claro que a beligerância interna que cercou o debate em torno da política de alianças antes do início das eleições, impediu que o partido constituísse uma linha mais unitária de intervenção nas disputas locais. Embora tenha se constituído num avanço importante, o Seminário de Programa de Governo não foi suficiente para armar nossas candidaturas com uma orientação comum na disputa. A reestruturação da Fundação Lauro Campos e seu funcionamento como espaço formulador de políticas para o partido e suas candidaturas será um passo fundamental para suprir essas insuficiências nas próximas eleições.

19. Outro problema enfrentado pelo partido foram as declarações públicas em favor de candidatos em cidades onde o PSOL estava fora do segundo turno. Independente da avaliação sobre o melhor nome em disputas como essa, a posição da instância local deve ser levada em conta, evitando assim declarações unilaterais que contradigam deliberações por elas tomadas. A declaração do companheiro Randolfe Rodrigues em favor do candidato Marcus Alexandre (PT) em Rio Branco foi um erro já reconhecido pelo próprio companheiro em carta enviada ao partido recentemente.

20. Mais grave, porém, foram as declarações do companheiro Plínio de Arruda Sampaio, ex-candidato à Presidência da República, em favor de José Serra, candidato tucano em São Paulo. Independente de todo o respeito e admiração que nosso partido nutre por ele, as declarações de Plínio nas redes sociais e sua indisfarçada simpatia por Serra, trouxeram problemas graves à imagem do partido. Apesar da posição da Direção Municipal ter aprovado resolução frontalmente contrária à eleição do tucano, a declaração de Plínio teve uma repercussão muito maior, o que trouxe danos ainda não mensurados à imagem do PSOL em São Paulo.

O segundo turno em Belém e Macapá

21. Nossa política de alianças, aprovada no III Congresso do PSOL, favoreceu uma tática que ampliou a força eleitoral do partido, tornando reais as chances de vitória nessas capitais. No segundo turno, recebemos adesões de partidos e forças sociais que fortaleceram nossas candidaturas nas duas capitais citadas. Entre eles, partidos com uma trajetória popular que reforçam nossa condição de alternativa às velhas elites que governam Belém e Macapá, respeitando os limites impostos pelas resoluções partidárias acerca da política de alianças estabelecida para o primeiro turno.

22. Além de partidos, é natural que candidatos derrotados no primeiro turno, personalidades e lideranças políticas que estão fora do segundo turno definam-se pelo apoio às nossas candidaturas. Essa decisão é pessoal e, como regra, não pode ser renegada haja visto o próprio caráter plebiscitário do segundo turno. Assim, esses apoios serão bem-vindos sempre que vierem no sentido de reforçar nosso compromisso com o povo e não implicarem concessões programáticas ou negociação de espaço em futuras administrações do PSOL.

23. As movimentações táticas envolvendo Belém e Macapá no segundo turno foram amplamente exploradas pela imprensa e pela luta interna do partido. É dever de nossa Direção Nacional, portanto, posicionar-se diante dos fatos. Preliminarmente, deve-se destacar o acerto da maioria da Direção Nacional e especialmente de nosso Presidente, que esperou o fim das eleições para então convocar as instâncias partidárias. A utilização de resoluções do partido, críticas ou não, por parte de nossos adversários era um risco que não poderíamos correr. Ademais, as dificuldades práticas impostas pelo envolvimento de vários dirigentes nas campanhas em ambas as cidades, muito provavelmente inviabilizaria uma reunião qualificada.

24. Pela primeira vez nosso partido disputou as eleições em segundo turno e essa novidade favoreceu o afloramento de divergências teóricas relevantes. Tais divergências precisam ser aclaradas antes de qualquer avaliação específica. No primeiro turno do processo eleitoral confrontamos projetos e a política de alianças está condicionada a fortalecer e/ou dar viabilidade para que tal projeto se apresente em condições de ter audiência perante o eleitorado. Foi por isso que ampliamos o leque de alianças para além da antiga frente de esquerda, processo que foi criteriosamente analisado pelo Diretório Nacional.

25. O segundo turno é um momento plebiscitário por excelência, ou seja, de todos os projetos em disputa, apenas dois conseguem votos para essa etapa. É natural que os alinhamentos dos eleitores e das forças políticas sejam presididos não só pelo programa apresentado pelos dois concorrentes, mas também pelos cálculos políticos que cada força excluída da disputa fará sobre o possível resultado. Assim, cabe aos revolucionários que disputam um segundo turno dois movimentos políticos essenciais: neutralizar ou fracionar a coalizão conservadora e aglutinar todas as forças progressistas existentes. O recebimento de apoios deve estar condicionado a esta tática política plebiscitária.

26. Em Belém, as forças conservadoras se alinharam de imediato ao candidato tucano, galvanizadas pela força da máquina do governo estadual. A tática de Frente Belém nas mãos do povo foi ampliar para candidaturas identificadas publicamente como progressistas (PPL e PT) e tentar explorar contradições no bloco conservador. Foi assim que se conseguiu o apoio do PDT (cuja direção culpa o atual governador pelo resultado contrário à separação do estado). O apoio do PT foi imediato e trouxe para o segundo turno um reforço militante muito importante, seja potencializando a parte que já havia apoiado Edmilson, seja engajando vereadores e deputados estaduais no dia-a-dia da campanha. Evidentemente, esse apoio se deu, sobretudo, pelo interesse do PT em derrotar os tucanos, o que apenas comprova que mantivemos nossa autonomia e independência em relação a esse partido. Devido ao crescimento eleitoral dos tucanos sobre cidades governadas pelo PMDB, este partido se absteve no segundo turno, comportamento que foi importante para neutralizar uma poderosa máquina eleitoral local que naturalmente estaria com o candidato conservador.

27. Apesar do bom desempenho no primeiro turno, iniciamos o segundo turno em desvantagem. Três problemas precisariam ser superados: imagem de que nossa candidatura era o passado e o tucano a novidade; a ideia de que Edmilson estava isolado politicamente para cumprir o que estava prometendo e Zenaldo tinha forte apoio do Governador; e o discurso de que Edmilson foi um bom governante, mas era necessário “dar uma chance” ao tucano. Nossa estratégia de TV e Rádio buscou combinar a superação destes três entraves. Apresentamos um conjunto de propostas novas para a cidade, mostrando que o novo governo enfrentaria problemas represados. Buscamos comparar as biografias e denunciar o caráter privatizante dos governos tucanos e mostrar que Zenaldo não era novo, mas corresponsável pelos catorze anos de governo tucano na esfera estadual.

28. Estes ajustes não surtiram o efeito desejado e continuávamos aparecendo aos olhos do eleitorado como isolados para governar. Foi neste contexto de plena incorporação do PT na campanha que decidimos utilizar depoimentos das duas principais figuras públicas petistas (Lula e Dilma). A intenção era neutralizar o apoio estadual contrapondo o espaço que Edmilson teria junto ao governo federal. Toda a lógica dos apoios exibidos na TV foram direcionadas para este objetivo.

29. Em que pese a derrota na disputa eleitoral, a campanha de Edmilson conseguiu unir todos os setores progressistas da cidade e credenciou o partido e nosso candidato como principal força política opositora da hegemonia tucana. Vale ressaltar que além do governo estadual, o PSDB governará as três maiores cidades do estado (Belém, Santarém e Ananindeua).

30. Em Macapá, ao final do primeiro turno, nossa candidatura obteve a confiança de 28% do eleitorado. Nosso adversário alcançou 40%. Para vencer no segundo turno seria necessário uma engenharia política que combinasse a busca de apoios à esquerda, mas que não colasse em nossa candidatura o desgaste do governo estadual do PSB e, ao mesmo tempo, neutralizasse e fracionasse uma provável coalizão conservadora em torno do atual prefeito.

31. Assim, no segundo turno tivemos a manifestação de apoio do PCdoB e do seu candidato, Evandro Milhomen, e recebemos apoio do candidato Davi Alcolumbre (DEM), mesmo que isso não tenha significado o apoio de seu partido, já que a vice-prefeita e atual presidente do Diretório Municipal do DEM, manteve-se fiel ao candidato adversário, assim como o vereador reeleito deste partido.

32. Não existiu apoio do PSDB. Sua direção estadual está sob intervenção. O único deputado estadual do PSDB (JK) e o Deputado Federal, Luis Carlos, estavam no palanque e na coordenação de campanha de Roberto Góes. A nossa candidatura recebeu o apoio do ex-senador Papaléo e do presidente destituído do Diretório Estadual Jorge Amanajás. Este último está se filiando ao PPS.

33. Tivemos o apoio do vereador eleito pelo PTB Lucas Barreto, mas não tivemos manifestação formal do seu partido em apoio a nossa coligação. Na última semana, tivemos ainda o apoio decisivo do PSB, que assumiu a campanha com sua militância coibiu, através do governo estadual, a compra de votos por parte do candidato conservador.

34. Não houve compromisso de composição no futuro governo com nenhum dos partidos ou segmentos partidários que conseguimos atrair para a candidatura de Clécio no segundo turno. Além disso, a direção partidária local já declarou que os setores de partidos conservadores não terão participação na composição do futuro governo de unidade popular.

35. Os próprios companheiros do Amapá já admitiram que a engenharia política desenvolvida no segundo turno, especialmente os apoios recebidos de parte dos partidos conservadores, poderia e deveria ter sido mais bem construída internamente ao partido, dialogando com nossas instâncias nacionais e ouvindo ponderações. A falta destas providências gerou dúvidas sinceras em nossa militância e também ataques desleais, alguns dos quais foram ostensivamente utilizados pelo nosso adversário.  

Não podemos transformar nossas vitórias em derrotas

36. Diante dessas movimentações, nosso partido vivencia mais um capítulo de sua vocação para a luta interna. Ainda no primeiro turno alguns setores partidários se dedicaram a atacar por notas e nas redes sociais as deliberações soberanas das instâncias do partido sobre coligações. No segundo turno, mesmo sabendo que tais declarações seriam (como efetivamente foram) utilizadas pelos nossos adversários, foram lançadas cartas públicas, entrevistas e outras formas de divulgação de posicionamentos contrários às ampliações de apoios recebidos inclusive em espaços da mídia e parlamento burgueses.

37. O partido, ao contrário do que talvez sonhavam alguns, não foi derrotado nas eleições de 2012. E as decisões sobre política de alianças foram essenciais para a ida pro segundo turno em Belém e Macapá e na vitória no segundo turno na capital amapaense.

38. Devemos criticar o método utilizado para que determinados apoios fossem recebidos no segundo turno e a falta de diálogo com a direção partidária nacional para que desconfianças sobre tais movimentações não fossem disseminadas. Mas, em nenhum dos dois casos presenciamos posturas que ferissem os princípios éticos do partido, ou seja, a ampliação ocorrida em Macapá ou Belém não colocou em risco o programa partidário apresentado aos eleitores nestas duas cidades e não incorreram em negociatas de cargos nos futuros governos.

39. Por isso, a direção partidária deve acompanhar o processo de constituição do governo de unidade popular em Macapá, contribuindo para que os espaços na estrutura do futuro governo estejam de acordo com os objetivos partidários. Além disso, deve acompanhar nosso prefeito em Itaocara para dar total resguardo contra qualquer tentativa de desestabilizar esse governo, colaborando ativamente para que tais experiências sejam bem sucedidas, transformando-as em ferramentas de propaganda do partido como alternativa de esquerda em nosso país.

40. Para além de nossa aguerrida militância, nossos mandatos parlamentares e nossos prefeitos serão, sem dúvidas, instrumentos da resistência popular em favor das lutas sociais em nosso país. Com eles, o PSOL sai das eleições de 2012 credenciado como alternativa de esquerda na sociedade brasileira, crescendo na consciência popular como referência programática e ética, melhorando as condições para a disputa de hegemonia em favor de um projeto democrático, popular e socialista para o Brasil.

VIVA O PSOL!
VIVA O SOCIALISMO! 
VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS!  

Brasília, 8 de novembro de 2012


PSOL vai às ruas agradecer aos eleitores


O PSOL nesta quinta-feira (18/10) foi às ruas agradecer aos eleitores e divulgar sua posição sobre o segundo turno em Florianópolis. Elson Pereira, candidato do PSOL à prefeitura, Afrânio Boppré, vereador eleito, os candidatos a vereador e a militância foram as ruas mais uma vez reafirmar seu compromisso na luta por uma outra cidade.

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Elson 50, candidato a prefeito e Afrânio Boppré, vereador eleito.

PSOL realiza ato de agradecimento nesta quinta

 
 
 
O Partido Socialismo e Liberdade - PSOL - realiza nesta quinta-feira, ato de Agradecimento/ Prestação de contas e divulgação da posição do PSOL no segundo turno das eleições municipais de Florianópolis.
 
O Ato será realizado na esquina democrática (Felipe Schmidt com Deodoro) às 17 horas. O Candidato do PSOL à prefeitura Elson Pereira e o Vereador Eleito Afrânio Boppré, bem como os candidatos a vereador, estarão presentes no ato para conversar e agradecer a população.
 
O PSOL convida a todos e todas para comparecerem.

NOTA PÚBLICA DO PSOL - SEGUNDO TURNO EM FLORIANÓPOLIS


O Partido Socialismo e Liberdade - PSOL - quer, ao mesmo tempo, agradecer e compartilhar a alegria do resultado obtido na eleição de Florianópolis em 2012. Nossa candidatura, ELSON 50, foi a verdadeira portadora da esperança, por isso alcançou mentes e corações, recuperando a ideia de que a eleição também se faz com ideologia, projetos e utopia. Nossa candidatura firme e serena plantou a mensagem de que outra Florianópolis é possível, necessária e urgente. Nossa vitória também aconteceu com a eleição do companheiro Afrânio Boppré à câmara de vereadores, que além da expressiva votação de nossa chapa contou com o empenho de nossa militância e a indispensável unidade partidária.

O debate político da campanha no primeiro turno revelou fortes diferenças programáticas entre as alternativas no tocante à concepção de cidade e de sociedade.

O momento atual de Florianópolis aponta que a cidade vive um impasse histórico em relação ao seu presente comprometido e seu futuro ameaçado. A defesa de nossa qualidade de vida, de nosso patrimônio natural e cultural, o planejamento, a gestão democrática e participativa, o desenvolvimento de políticas públicas para o bem viver, além da defesa de princípios éticos precisam ser sistematicamente reafirmados.

No segundo turno, o PSOL não se vê representado por nenhuma das duas alternativas, portanto não apoiamos nenhuma delas e não indicamos voto. A consciência livre do eleitor é que deve prevalecer e mesmo o voto nulo é um caminho de protesto e democrático. Apoiado pelos 34.599 votos (cerca de 14,42% dos eleitores, contrariando os “indicativos” dos Institutos de Pesquisa) desde já, o PSOL se define como oposição programática e saberá na luta, ao lado dos movimentos sociais, da cidadania e com nosso mandato de vereador defender a cidade e atuar também propositivamente na construção de nosso futuro.

Reiteramos 34.599 vezes nossos agradecimentos.

Florianópolis, 10 de outubro de 2012
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - Plenária municipal do PSOL

Bicicletada com ELSON 50

Venha participar neste sábado (22 de setembro - dia catarinense sem carro) da grande Bicicletada com ELSON 50. O evento ocorrerá às 10 horas, e a concentração será no trapiche da Beiramar. A bicicleata seguirá até a Ponta do Coral onde ocorrerá um belo piquinique.
 
Vamos juntos construir uma outra cidade. Participe, chame os amigos(as) e familiares!

Atos da Frente de Esquerda


A frente de esquerda convida a todas e todos para participar neste final de semana, 25 e 26 de agosto, dos seguintes atos:



Venha conosco construir uma nova política!

PSOL nas ruas e na luta!

 
A frente de Esquerda - PSOL /PCB - realizou neste sábado, 18 de agosto, uma manifestação pela campanha ELSON 50: Uma outra cidade é possível, necessária e urgente. O Ato reuniu cerca de 60 pessoas na Esquina Democrática de Florianópolis.
 
Com o embalo de Jingle de EL50N, sorriso no rosto e bandeiras na mão, a militãncia luta e mostra ao povo de Florianópolis que existe opção!
 
 
 
 

Candidatos a vereador da frente de esquerda são deferidos

Os 16 candidatos a vereador da Frente de esquerda (PSOL/PCB) de Florianópolis foram deferidos. Confira a nominata:

TICO LACERDA50013PSOL
AFRÂNIO BOPPRÉ50100PSOL
LEA50123PSOL
CARLOS SILVA50888PSOL
CAROL21021PCB
ELISA FERREIRA50300PSOL
JOAQUIM50050PSOL
JOSEMIR50005PSOL
DEMARIA50027PSOL
NELSON FIDÉLIS50789PSOL
NESTOR50007PSOL
SANDRO DA IRONI50082PSOL
SOLDADO SILVIO50666PSOL
STELLA VEIGA50017PSOL
TANIA RAMOS50777PSOL
VALMIR BRAZ50150PSOL

Elson 50 lança site e jingle da campanha: Uma outra cidade é possível!

Elson 50 lançou nesta sexta-feira, dia 10 de agosto, o site da campanha Elson prefeito, Alberi vice. O site foi lançado na confraternização do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) que reuniu aproximadamente 100 militantes.

O Jingle da campanha foi composto por Nilinho Adriano e Marcinho da Vila e pode ser baixado no site:




Na imprensa: Elson Manoel Pereira quer investir na capacidade de planejamento em Florianópolis

Elson 50 concedeu entrevista para o Jornal Notícias do Dia, veja a reportagem:

Elson Manoel Pereira (PSOL) disputa a primeira eleição. Se falta experiência no campo político, so­bra em planejamento urbano. O professor da Universidade Federal de Santa Catarina pretende fortalecer a capacidade de planejamento de Floria­nópolis. Quer investir em projetos integrados e pensados, não em medidas paliativas. Elson foi o terceiro candidato a pre­feito da Capital ouvido pelo Grupo RIC, por meio do Jornal do Meio-Dia e do jornal Notícias do Dia. 

Candidatura

Não é uma questão pessoal. O partido é coletivo. A minha pessoa incorporou alguns princípios que o partido visa para a cidade. Minha atuação em plane­jamento urbano acabou aliando no que o PSOL pensa para Florianópolis nessa área. Temos que democratizar a administração pública, tanto no acesso à informação, quan­to na participação da população na gestão.

Planejamento

Não foi o PSOL que pautou o debate, foi a própria população. As pessoas veem a cida­de se degradar, os contornos sendo desca­racterizados. Estamos no limite. Logo, nos primeiros meses de governo, temos que abrir concurso público para o IPUF. Acabei de voltar de Curitiba. O IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano) tem 400 pessoas pensando a cidade diuturnamente. Se as coisas não são articuladas desde o iní­cio, o que era solução passa a ser problema. Foram feitos os viadutos, mas se precisar colocar calhas exclusivas para ônibus, o que fazer? Arrancar os viadutos prontos?

Decadência do IPUF

A impressão que se tem é que foi uma op­ção da atual administração. Ela abdicou do planejamento a longo prazo para priorizar obras sem visão de conjunto. Por mais que muitas ações do IPUF sejam questionadas, o órgão precisa ser equipado com novos profissionais, como engenheiros de tráfe­go. Hoje, temos dois setores que cuidam do trânsito, mas que não se conversam. A cida­de caminha para o caos.

Projetos

Os projetos só resolvem o problema se fo­rem integrados. Quando se faz uma unida­de de saúde, tem que ser no centro da re­gião atendida. Na Trindade, por exemplo, o terminal de ônibus foi construído longe das pessoas. Hoje, pensamos a cidade seto­rialmente, mas as políticas públicas neces­sitam ser desenvolvidas para a sociedade. Criar um centro do idoso acaba tirando ele do convívio com as outras pessoas. A ideia é criar uma cidade integrada, intersocial e com mais cidadania.

Governo

O PSOL ainda não esteve em um cargo exe­cutivo, mas mostra outra possibilidade de fazer política. Temos que retomar o plane­jamento. Falta visão de mundo. Essa visão é o que determina a qualidade de vida, não o dinheiro. Mais importante do que fazer pro­jetos é ter princípios definidos. Ao longo do caminho, todas as propostas surgirão des­tes princípios. Às vezes se faz uma cidade melhor, com pouco dinheiro. Florianópolis arrecada R$ 48 milhões com IPVA e investe em viadutos, que privilegiam os carros. Não se resolve o problema de congestionamento alargando vias, é preciso investir no trans­porte de massa de qualidade.:

Elson participa do primeiro debate nas eleições 2012


Hoje, dia 06 de julho, começou oficialmente a campanha das eleições municipais de 2012. A Frente de esquerda (PSOL/PCB) foi representada no primeiro debate com os candidatos a prefeito de Florianópolis, por ELSON 50.

Elson mostrou porque é mais preparado. Qualificou o debate, com os pés no chão e o olhar no horizonte, mostrou que uma outra Florianópolis é possível, necessária e urgente. 

O candidato finalizou o debate dizendo que "Nossa cidade não está no caminho certo. Desse jeito, iremos para a cidade do caos".

Começamos nossa campanha com esperança, sabendo que nada é impossível de mudar. Venha junto construir conosco esta caminhada.


PSOL e PCB registram a Frente de Esquerda

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e Partido Comunista Brasileiro (PCB) registraram nesta quinta-feira (05/06) a coligação Frente de Esquerda, bem como o candidato a prefeito de Florianópolis Elson Pereira, o vice Alberi Adriano, e  20 candidatos a vereador do PSOL e 1 do PCB. 

Com um ato político marcando o registro o PSOL/PCB começamos a luta por uma outra Florianópolis, esta que é possível, necessária e urgente!



Frente Parlamentar pelo Voto Aberto aumenta pressão pela votação da PEC na Câmara




Deputados membros da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto realizaram, nesta terça-feira (26/6), ato dentro da Câmara cobrando a votação em segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional 349/2001, que acaba com o voto secreto de deputados e senadores no Parlamento. A PEC institui o voto aberto em todas as votações do Congresso Nacional, incluindo processos de cassação, vetos presidenciais e escolha de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU).  Ela foi aprovada por unanimidade em primeiro turno em 2006 e aguarda segunda votação. Depois segue para o Senado, onde será também votada em dois turnos.

“É uma exigência popular, é uma unanimidade que nós não podemos mais prosseguir sonegando da população a transparência do voto parlamentar e trair a vontade da sociedade”, afirmou o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Ivan Valente.
A votação da PEC 349 na Câmara  se faz ainda mais urgente já que o Senado Federal, diante das pressões em torno do pedido de cassação de Demóstenes Torres, pretende votar outra PEC semelhante, que tramita naquela Casa. A PEC do Senado, no entanto, ainda não foi apreciada em nenhum turno.

Para Ivan Valente, ter a aprovação pelo Senado de um texto diferente do que aquele que já tramita na Câmara jogará por terra o percurso que a PEC 349 já conquistou entre os deputados.  “A Câmara precisa assumir a sua soberania, precisa assumir a vanguarda desse processo, em nome da democracia, da transparência e da ética na política. Nós não podemos nos desmoralizar”, disse Ivan Valente.

O deputado do PSOL solicitou um posicionamento do presidente da Câmara, Marco Maia, sobre assunto, mas ele não se manifestou. “Acho que V.Exa.[Marco Maia], com a sensibilidade que tem, com a pressão que existe na sociedade e com a vontade política do Congresso Nacional, deve colocá-la em pauta, imediatamente. Assim, nós não nos submeteremos ao vexame de ver o Senado votar primeiro e vir parar a emenda do voto secreto na Câmara, quando nós temos uma emenda já votada desde 2006”.

Para o líder do PSOL, deputado Chico Alencar, a população, que elegeu os parlamentares, tem o direito de saber como eles a representam. “O voto aberto no Parlamento é fundamental, é um direito do eleitor. Ele está garantido pela imunidade do Parlamentar no exercício do seu mandato, das suas palavras e dos seus votos”, afirmou.

Discurso de Elson Pereira na convenção municipal do PSOL



Companheiros e companheiras de partido,

Quando em 8 de dezembro de 2009 assinei minha ficha de filiação ao PSOL, minha intenção naquele momento era o de marcar uma posição política de esquerda comprometida com as causas que sempre defendi em minha vida. 


Não tinha qualquer intenção de apresentar-me numa eleição.


Quando o presidente do partido um dia falou-me que tinha uma missão no partido para eu assumir, pensei que seria a de fazer aquilo que mais tenho feito nos últimos vinte anos: o de refletir sobre as possibilidades da construção de uma cidade melhor a assim ajudá-lo em seu plano de governo, pois pensei que ele seria candidato à prefeitura de Florianópolis.

Quando, durante a realização do Congresso da Cidade em 2011, ele externalizou o convite para eu me apresentar como candidato a prefeito de Florianópolis, minha reação inicial foi de rejeição à proposta que ao mesmo tempo me envaidecia e me assustava.

A vaidade nascia do fato do convite ser oriundo de um partido que eu já respeitava, por ter nascido como instrumento de lutas de defesa dos interesses da classe trabalhadora e das maiorias excluídas do país, ocupando um espaço à esquerda, tentando reestabelecer a esperança abortada pelo governo do PT que depois de chegar ao poder entregou-se aos antigos adversários e voltou as costas às suas combativas bases sociais históricas.

Mas ao mesmo tempo me assustava, pois não me sentia preparado, e as vezes ainda não me sinto, a enfrentar um debate político eivado de práticas pré-civilizatórias, onde o patrimonialismo e as oligarquias têm um papel que nos afastam das sociedades democráticas desenvolvidas.

Foram as pessoas mais próximas, aquelas que mais me conhecem, que me convenceram pelo argumento de que eu teria algo a dizer no debate político sobre a cidade, sobre a construção de uma cidade onde o direito seja um princípio universal, não apenas o direito do ponto de vista jurídico, mas um direito ampliado de vida digna amparada pelo direito à habitar à cidade e não apenas ao habitat; o direto moradia, á mobilidade, á saúde, á educação, aos espaços públicos, à segurança, à cidadania. 

Foram as pessoas mais próximas que me fizeram ver que o debate político numa eleição, poderia ser a oportunidade das ideias que defendo e compartilho com todos aqueles eu acreditam numa outra cidade pudesse chegar á um público maior e diferente aquele que eu alcançava através da academia.

A partir do momento em que autorizei o presidente de nosso partido a levar meu nome ao diretório municipal para apreciação de minha candidatura, assumi então minha missão de me transformar num veículo do partido para a construção da hegemonia ou ao menos, para lutar através de uma contra-hegemonia.
Mesmo após meu sim, os fantasmas e os medos de tal tarefa continuaram me seguido e eles só foram dissipados quando um amigo de longa data me confidenciou a resposta de seu filho, militante do PSOL de São Paulo, à uma proposta de emprego nos Estados Unidos, com um salário de 200 mil dólares/ano:

- não posso aceitar a proposta, diz ele respondendo à empresa de informática norte americana, não posso aceitar a proposta, pois tenho 190 milhões de pessoas que dependem de minha militância no Brasil.
Essa crença na utopia de uma nova sociedade socialista e livre me forneceu os elementos que me faltavam para abraçar, junto com vocês, a missão de ser portador da proposta de construção de uma outra sociedade, da possibilidade de uma outra sociedade.

O PSOL apresenta todas as condições para que possamos, a candidatura à prefeito e vice e as candidaturas à vereança, apresentar à sociedade de Florianópolis propostas concretas de uma outra cidade.

Nossa concepção de SOCIALISMO E LIBERDADE entende que somente o povo consciente e organizado pode construir _“um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.

Sabemos que é impossível mudar as relações sociais de produção e o modo de apropriação dos bens produzidos apenas através de eleições e no reduzido âmbito de uma administração municipal.

Por isso, o desafio do PSOL numa eleição municipal é construir um programa de governo e um plano de ação que contribuam efetivamente para o estabelecimento de um novo patamar de relações entre governo e sociedade que ponha um fim às formas de exclusão da maioria da população, promovendo uma melhoria efetiva na qualidade de vida.

Ao contrário do tradicional jogo de troca de interesses particulares e da utilização da administração pública para a “ação entre amigos”, nossa visão de governabilidade é baseada na aliança com a população na condição de cidadãos.

A conjuntura de Florianópolis é preocupante. As últimas administrações vem construindo as bases de uma cidade excludente e vendável ao capital imobiliário e especulativo. A lógica que impera é o da Cidade-Mercado, onde o espaço é vendido como mercadoria, os habitantes não são vistos como cidadãos portadores de direito mas receptores passíveis das decisões políticas descomprometidas com a cidade; os habitantes são clientes.

Nossa elite abdicou da construção de nossas cidades como lugares de permanência e de construção da cidadania.

Inverter a lógica de uma cidade-mercado para uma cidade-direito é fundamental para construirmos uma cidade melhor para aqueles que historicamente foram alijados dos direitos fundamentais e para as futuras gerações. 

À nossa geração coube a função de construir essa nova cidade.

É preciso lembrar que as decisões políticas que tomamos hoje irão preparar e escolher a cidade que teremos amanhã. Florianópolis está vivendo um momento de explosão de crescimento que precisa ser repensado. O planejamento urbano que hoje temos não nos interessa pois não está de acordo com diretrizes de desenvolvimento democráticamente construídas, comprometidas com a vida e o com o meio ambiente. Nossa cidade não pode ser organizada para fazer fluir facilmente os interesses de grupos empresariais que escondidos por traz dos financiamentos de campanhas milionárias, assumem o seu controle.

Dário Berger (PMDB) está em campanha para Gean Loureiro seu pretenso sucessor. O Governador Colombo (PSD) também tenta emplacar seu candidato César Souza Jr. mediante acordo com a família Amin reagrupando o velho poder.  O que eles têm em comum? Todos são variações de um projeto que resultou em privatizações na saúde, na educação, no caos da mobilidade urbana da cidade e na retirada de direitos históricos dos trabalhadores e da juventude.  Deles nada podemos esperar, a não ser mais ataques à classe trabalhadora e à juventude, além da elitização da cidade, desconstrução dos espaços públicos, destruição da natureza e venda de nosso patrimônio. 

Ângela Albino do PC do B, juntamente com o PT não é alternativa. Em Florianópolis Ângela do PC do B e Nildão do PT representarão o governo federal. Governo este que não hesita em cortar verbas da saúde e da educação para alimentar os grandes lucros dos bancos, que manteve as privatizações dos Correios, Aeroportos e agora os Portos. Que irresponsavelmente subsidiou a aquisição de automóveis despejando-os no sistema viário de nossas cidades, no lugar de financiar o transporte público, única forma de solucionar o problema da imobilidade urbana; que transformou a política habitacional, pensada durante anos pelo movimento de Reforma Urbana, em política econômica anti-crise, financiando as grandes construtores e jogando a classe trabalhadora para a periferia das nossas cidades, assim como o fez o BNH do governo militar. 

O PC do B de Ângela Albino está na linha de frente dos mega eventos (Olimpíadas e Copa do Mundo) aprovando leis que impedem a transparência plena dos gastos e avança no despejo das famílias pobres das periferias das grandes cidades; também protagoniza o Novo Código Florestal que, na prática, é uma aliança com os ruralistas do agronegócio, sendo uma licença oficial para o desmatamento de nossas florestas e perdão da dívida de grandes infratores da lei ambiental. 

Como mudar Florianópolis com uma candidatura que defende essas políticas?

Nem Gean, nem Cesar Souza Jr., nem os Amins, e nem, Ângela Albino, representam uma alternativa de fato.

Queremos construir Florianópolis baseado na idéia da Cidade-Direito e para isto precisamos que cada cidadão se sinta participante de sua construção para que possa se apropriar de seus espaços sem precisar ser proprietário.

Para isto precisamos desprivatizar o Estado, através da Democratização do processo de desenvolvimento de Políticas Públicas Municipais;

Precisamos Resgatar a divida social através do direcionamento de Políticas Públicas Afirmativas, com redefinição das prioridades dos serviços e investimentos públicos para as áreas e setores mais abandonados.
Precisamos criar a cultura da transparência e da racionalização da máquina administrativa.

Precisamos refazer nossa capacidade de pensar nosso território para que possamos enfrenta seus principais problemas. Neste sentido, o reconhecimento da população como especialista do espaço vivido é fundamental; é a população de nossos bairros que vai nos apontar as demandas e as soluções para construção de uma cidade melhor, suportada por uma leitura técnica e científica.

Os problemas cotidianos de nossa cidade precisam ser enfrentados e resolvidos a partir da lógica coletiva: a imobilidade urbana que consome nossas energias, nosso tempo, nossa saúde, deve ser vista como resultado de políticas públicas nefastas,desprovidas de visão totalizadora, que não priorizam o transporte público e que permitem o adensamento excessivo do espaço urbano de maneira irresponsável. 

O direito à mobilidade é um direito fundamental que precisa ser financiado por toda a sociedade.

Nossos espaços públicos não podem ser vistos como o que resta das construções privadas, que numa lógica aditiva constroem nossa cidade sem o mínimo de coerência territorial. Ao contrário, nossos espaços públicos precisam ser centrais nas políticas urbanas e desencadeadores da construção de uma esfera pública e da cidadania, de uma cidade plural e saudável.

Nosso meio natural, nosso patrimônio histórico e arquitetônico não pode ser encarado como mercadoria, como algo a ser vendido ao turismo predador e concentrador de renda. 

Por outro lado, o turismo em Florianópolis precisa ser democratizado, na pessoa do turista e na pessoa do promotor turístico. Hoje ele é elitista, não sendo acessível ao cidadão de baixa renda e está nas mãos das grandes redes hoteleiras.

Nossa cultura precisa ser vista de maneira plural; devemos garantir a expressão das mais variadas manifestações culturais de maneira independente e não tutelada pelo Estado.

Precisamos retomar a essência da Reforma Urbana, abandonada em favor do formalismo jurídico do Estatuto da Cidade; milhares de famílias vivem em áreas de risco, em nossas mais de sessenta áreas de interesse social do município. Famílias que estão no dia a dia vivendo em péssimas condições, sem acesso a água, sem saúde, com transporte precário e esgotos a céu aberto. Possibilitar-lhes o direito à cidade deve ser princípio norteador de nossas ações.

A cultura do medo que viabiliza a indústria da segurança privada precisa ser substituída pela cultura da solidariedade e da cidadania. Por outro lado, O Estado brasileiro precisa garantir o mais elementar direito à vida e à segurança, indistintamente da classe social. 

Essas são as bases de uma outra cidade, mais democrática, mais justa, mais livre e mais solidária.

Construamos, companheiros, uma nova política baseada na ética, na justiça social e ambiental, com valores compatíveis com nosso partido.

Construamos uma campanha de coletiva, pois coletivo é o nosso sonho.

Construamos, companheiros, uma outra cidade pois ela é POSSÍVEL, NECESSÁRIA E URGENTE.

Viva Florianópolis

PSOL oficializa Elson Pereira candidato a prefeito de Florianópolis


Elson Pereira e Alberi Adriano
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Florianópolis realizou neste domingo a Convenção Municipal que oficializou a candidatura do engenheiro civil, professor e doutor em planejamento urbano Elson Manoel Pereira à prefeitura. Foi homologado como candidato a Vice-prefeito o professor Alberi Leopoldo Adriano. 

A convenção contou com a participação do Partido Comunista Brasileiro, consolidando a coligação Frente de Esquerda – PSOL/PCB. O PSOL lançou na convenção 20 candidatos a vereador, e o PCB, aproveitando a oportunidade, apresentou sua candidata. 

A convenção ocorreu no Plenarinho da ALESC contanto com a presença de militantes, filiados, pré-candidatos. Foi debatido o plano de governo, onde foram apresentados 50 pontos necessários para Florianópolis.

Para Elson “A prioridade número 1 em Florianópolis a população já pautou, é a retomada das condições de planejamento urbano da cidade". Para ele a Frente de Esquerda é a alternativa a velha política e criticou a gestão Dário Berger "nos últimos anos Florianópolis desconstruiu completamente sua possibilidade de pensar o seu território e as ações que as administrações tem feito são emergenciais reagindo a problemas pontuais, de forma que a cidade está se inviabilizando para o futuro exatamente por uma falta de capacidade de pensar a cidade, o seu território, as suas questões principais como mobilidade urbana, ocupação do solo”

A frente de esquerda será a alternativa consequente que lutará por uma outra Florianópolis, esta que é possível, necessária e urgente.

Na imprensa – Entrevista do pré-candidato do PSOL, Elson Pereira



O Diário Catarinense fez uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito da Capital. O pré-candidato do PSOL, Elson Pereira, fala sobre as prioridades para Florianópolis. 

Planejamento Urbano

Para Elson “A prioridade número 1 em Florianópolis a população já pautou, é a retomada das condições de planejamento urbano da cidade, nos últimos anos Florianópolis desconstruiu completamente sua possibilidade de pensar o seu território e as ações que as administrações tem feito são emergenciais reagindo a problemas pontuais, de forma que a cidade está se inviabilizando para o futuro exatamente por uma falta de capacidade de pensar a cidade, o seu território, as suas questões principais, como mobilidade, ocupação do solo”.

Mobilidade urbana

Perguntado sobre a questão da mobilidade urbana, Elson afirma que “não podemos continuar trabalhando a mobilidade de forma emergencial, acontece um problema aqui, você reage através de uma obra. Se nós não pensarmos uma política metropolitana de mobilidade nós não vamos resolver o problema da mobilidade em Florianópolis, que depende basicamente de três fatores: Um deles é o sistema viário, mas não é o único. O outro é a inversão exatamente do modal prioritário, de um modal automobilístico individual para um modal de massas, seja ele através de um ônibus em calhas exclusivas ou através de um veículo leve sobre trilhos, que alguns chamam de metro de superfície, e um terceiro aspecto, que é importantíssimo para mobilidade, que é o uso e ocupação do solo”

Veja a entrevista completa clicando aqui.


As propostas comunitárias e a busca da cidade-direito no Plano Diretor de Florianópolis

Por Elson Pereira*

Florianópolis tem se mostrado nas últimas décadas como um dos destinos turísticos principais no Brasil e mesmo internacional, bem como destino de uma migração de famílias de alta renda provenientes de outros estados brasileiros. A implantação de condomínios verticais e horizontais de luxo bem como de loteamentos destinados à alta renda (o denominado Jurerê Internacional é o mais emblemático, mas não único), indicam que o capital imobiliário tem investido maciçamente na capital de Santa Catarina. Situada em sua maior parte sobre a ilha homônima do Estado, o município de Florianópolis encontra algumas dificuldades para sua ocupação na medida em que mais da metade de seu território é composto de áreas protegidas como dunas, manguesais, morros etc. O valor fundiário é então muito alto o que leva a um alto adensamento construtivo em algumas áreas da cidade. Historicamente o poder público municipal tem agido contraditoriamente ao seu papel de regulador da ocupação do espaço urbano, agindo em favor do capital privado e deixando transparecer que age segundo a lógica da cidade-mercado. Desta forma, a busca da cidade-direito pela população organizada através de bases distritais durante a elaboração do plano diretor de Florianópolis manifestou-se, sobretudo através de propostas de restrição à ocupação do solo urbano, buscando assim diminuir a especulação imobiliária e garantir os chamados espaços de vida.


A análise das diretrizes de uso e ocupação do solo apresentadas pela população apontam as diferenças existentes no território, específicas a cada área distrital que o compõe. Mesmo expressando diferenças e especificidades territoriais, referentes às condições naturais e de uso preexistente, os subconjuntos de diretrizes de cada um dos 19 núcleos e sedes distritais, formam um modelo coerente quanto à implantação de redes de infraestrutura, de possibilidades econômicas, usos dos espaços públicos e limites ambientais. As propostas dos núcleos confluem para modelos parecidos com base em princípios e diretrizes que se relacionam com mais coerência do que competem ou se chocam. Expressam de forma clara alguns interesses comuns, apesar de suas especificidades territoriais. Confluem de forma geral para um modelo de uso e ocupação do território com base em alguns princípios que são comuns e gerais a todos os núcleos e sedes. Entre todos os núcleos há diretrizes comuns sobre: a preservação de sítios históricos, arqueológicos e de preservação cultural; a garantia da manutenção da visibilidade do mar é uma preocupação constante nas diretrizes entre a maioria dos núcleos, uma reação às últimas décadas de apropriação, ocupação e verticalização ao longo da orla, pela indústria da construção, do turismo e da predominância dos interesses particulares na Ilha. Em geral as diretrizes dos núcleos distritais são restritivas à indústria da construção. Restrições de áreas residenciais multifamiliares, quando permitido, é restrito a capacidade de suporte da infraestrutura atual ou do suporte do meio físico.  

Há nas diretrizes de diversos núcleos a manutenção de áreas residenciais exclusiva ou a transformação de zonas mistas para zonas residenciais. Essa tendência pode ser interpretada como certa resistência à formas de maior urbanidade, mas também expressa uma estratégia de excluir as possibilidades de liberação para projetos de verticalização e de projetos multifamiliares.            

Esses elementos nos permitem afirmar que a população de Florianópolis aponta para a construção de uma cidade-direito contra a visão da cidade-mercado proposta pela atual administração municipal. Talvez resida neste aspecto a intolerância da atual administração à participação da população no processo de elaboração do novo plano diretor de Florianópolis.

Obs: este texto é parte de um artigo que será apresentado em Buenos Aires por ocasião do II ISA ( forum of sociology social justice and democratization) e foi escrito em parceria com o pesquisador e amigo Dr. André Luiz Santos.

*Elson Manoel Pereira é engenheiro civil e professor de planejamento urbano do curso de graduação em geografia e nos cursos de pós-graduação em Urbanismo e em Desenvolvimento Regional e Urbano da UFSC. Em janeiro de 2012 foi indicado pré-candidato a prefeito em Florianópolis pelo PSOL.