Plano Diretor: Justiça repõe nos trilhos trem desgovernado da prefeitura

Diz um velho ditado que quem faz errado, faz duas vezes. Foi assim como o edital dos ônibus e também está sendo assim com o novo plano diretor da Cidade. A prefeitura desconsiderou opiniões divergentes, atropelou processos e, até mesmo, ignorou olimpicamente a própria Lei. Resultado: na noite desta segunda-feira (18) o juiz federal Marcelo Krás Borges acatou o pedido de liminar encaminhado pelo Ministério Público Federal, paralisando a tramitação do Plano Diretor na Câmara de Vereadores. A primeira votação do projeto de lei estava marcada para a tarde desta terça-feira.
 
Desde a semana passada o vereador Afrânio Boppré (PSOL) tem alertado para a total impossibilidade de a Câmara votar a matéria sem um parecer técnico do IPUF. “Foram quase 700 emendas, metade delas do próprio Executivo, e muitas, mal redigidas e contraditórias entre elas”, denunciou. Apesar dos alertas, segundo Afrânio, a Câmara não alterou o calendário. “Votar do jeito que está, seria uma vergonha para o parlamento e um atestado de submissão”, argumentou o vereador do PSOL.
 
De acordo com a Justiça, o projeto terá que ser devolvido à Prefeitura de Florianópolis. A administração deverá elaborar um novo texto final depois de realização de 13 audiências públicas distritais e uma audiência geral, com a coordenação do Núcleo Gestor – destituído há dois meses por ato do Prefeito. Só então, será novamente encaminhado à Câmara de Vereadores. A Prefeitura tem prazo de 60 dias para realizar as audiências públicas.
 
Na manhã desta terça-feira, em entrevista coletiva, o secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Dalmo Vieira, disse aos jornalistas que a Prefeitura vai recorrer da decisão. Afirmou também que teve acesso as 620 emendas e que elas não “desvirtuam” o plano original.

Não é a opinião do Vereador. “Não acredito que o Secretário tenha lido as emendas, pois se aprovadas, configuram uma cidade totalmente diferente da que está sendo proposta no projeto original”, comentou. Afrânio citou apenas um exemplo emblemático: a Ponta do Coral. “Tem emenda minha do Pedrão e do Lino propondo zoneamento de área verde de lazer, tem emenda de outros vereadores com gabarito de 16 andares e tem o projeto original que limita a seis pavimentos”, destaca, assegurando que é só um exemplo e que existem dezenas de outros absurdos semelhantes.
 
“A Justiça nos dá uma oportunidade, que vinha sendo negada pelo Executivo, de concluir esse processo de modo racional e, acima de tudo, respeitando o trâmite democrático e o debate público do plano diretor”, conclui Afrânio.
 

A cidade do pensamento único

*Por Elson Manoel Pereira
 
Uma sociedade democrática deve se caracterizar pela pluralidade de ideias. Quanto mais madura for a democracia, maior a possibilidade de colocar em diálogo projetos diferentes de sociedade. Por outro lado, quando se procura impor um modelo de sociedade a despeito ( e em desrespeito) de outras possibilidades observamos práticas que impedem a prática democrática.

Temos acompanhado o debate (?) sobre o novo Plano Diretor do município e estamos muito preocupado com a forma através da qual o processo tem sido encaminhado.
 
A primeira questão diz respeito a maneira atropelada como foi feito o encaminhamento do projeto do plano à Câmara de Vereadores. Sem a possibilidade de conhecer o plano previamente, a população foi impedida de discuti-lo. Enganam-se aqueles que acham que o plano vem sido discutido desde de 2006. A versão que chegou a câmara é nova; ficou pronta (precariamente) apenas no final de agosto.

O processo de planejamento participativo iniciado em 2006 se caracterizou sobretudo pela descontinuidade e desconfiança. A nova administração não retomou a discussão; ela optou por fazer a sua própria proposta.
 
Esta pressa da administração em apresentar sua proposta de plano diretor trouxe consigo não apenas o prejuízo da discussão mas igualmente na forma do projeto de lei que chegou à Câmara: ela apresenta problemas sérios do ponto de vista processual e de forma jurídica ao ponto de não prever sequer as leis que precisam ser revogadas. O mapa de zoneamento, desenhado com softwares amadores, contêm erros de traçado enormes e já foi substituído várias vezes. Há uma insegurança em relação qual o zoneamento a ser discutido.
 
A administração apresentou semanas após a entrada do projeto na Câmara, mais de 250 modificações ao plano que ela mesmo elaborou. O que significa isto? Insuficiência de debate? Falta de convicção de modelo de cidade ou os dois ?
 
Além das mudanças propostas do próprio executivo, outra grande quantidade de mudanças pontuais de mudanças de zoneamento está sendo apresentada pelos vereadores, numa reprodução de fragmentação histórica que o espaço da cidade tem se submetido. Essas mudanças de zoneamento na maioria das vezes não tem justificativa de coerência urbana, representando na verdade interesses individualizados.
 
Estamos caminhando para o caos urbano em Florianópolis sob o olhar complacente de muitos...Quem ousa discordar, é acusado de estar contra a cidade. Um pensamento único se impõe a todos.
 
*Elson Manoel Pereira é doutor em Urbanismo e Professor de Planejamento Urbano na UFSC.
 

Frente de Luta pelo Transporte realiza assembleias populares sobre a licitação


Na falta de dialogo da prefeitura sobre o processo de licitação do transporte público de Florianópolis, coube ao povo se organizar para discutir os rumos da mobilidade urbana da cidade pelas próximas décadas. Serão realizadas diversas assembleias pela cidade para discutir o tema com a população.

Segue abaixo o chamado com o calendário de assembleias:

Você sabia que a proposta da prefeitura é manter as mesmas empresas com seus principais problemas por mais 20 anos? Porque Será que o prefeito não está querendo debate com você a escolha das empresas e como elas vão oferecer o serviço? 

Será que é porque ele não quer que a gente saiba das vantagens que os empresários continuaram tendo, prejudicando a nós usuários do transporte público? Essa licitação não incluirá novas linhas, o aumento da tarifa será anual, poucos ônibus poderão receber cadeira de rodas. Como estará i sistema de transporte daqui a 20 anos?
Sua participação é muito importante. Venha contar quais são os problemas da sua região. Serão 7 encontros para debater e juntos formularmos propostas. Veja o calendário e participe!

05/11 - Centro
Largo da Alfândega, 19h

06/11 - Trindade
Praça Santos Dumont (ao lado do Comper), 19h

07/11 - Coloninha
Ao lado do campo do Figueirense, 19h

09/11 - Coqueiros
Parque de Coqueiros, 10h

09/11 - Lagoa
Praça do Centrinho da Lagoa, 19h

11/11 - Rio Tavares
Ao lado do TIRIO, 19h

12/11 - Canasvieiras
Ao lado do TICAN, 18h 30min

Sintraturb organiza seminário sobre o transporte em Florianópolis neste sábado

O Sintraturb vai realizar no próximo sábado (19) o seminário “O Futuro do Transporte em Florianópolis”. O objetivo do encontro, que vai reunir movimentos sociais, sindicatos e comunidade em geral é fazer o que a Prefeitura não vem fazendo: debater a fundo o modelo de transporte que desejamos.



O seminário será realizado no dia 19 de outubro, das 9 às 17h30, no auditório do Sinjusc (Avenida Mauro Ramos, 448, Centro).
Confira abaixo os temas e os palestrantes do encontro
Temas: Monopólio, Estatuto das Cidades e mobilidade urbana
Com Afrânio Boppré, vereador do PSOL em Florianópolis
Bilhetagem eletrônica
Werner Kraus Junior, chefe do departamento de automação da UFSC
Logística e Ocupação do Solo
Lino Peres, vereador do PT em Florianópolis
Aspectos legais da licitação do Transporte
Márcio Harger e Rafael Poletto

Comunidades realizam ato por Plano Diretor que construíram.

Comunidades de Florianópolis realizaram nesse dia 15 de outubro de 2013 um ato público diante da Prefeitura Municipal, que destituiu o Núcleo Gestor do Plano Diretor e está apresentando para a Câmara um plano que pode não ter a visão das comunidades. Importante lembrar que as comunidades vem discutindo esse plano desde 2006.




*Retirado do site da revista Pobres e Nojentos: http://pobresenojentas.blogspot.com.br/2013/10/comunidades-querem-o-plano-diretor-que.html

PSOL organiza debate com o tema Conflitos Urbanos.

Vivemos em Florianópolis um momento ímpar, grave, por uma lado, mas auspicioso, por outro. A parte trágica decorre do avanço do capital e do agigantamento da cidade de mercado e das elites- com suas relações diretas com os municípios vizinhos. 
de outro lado, explodem movimentos, grupos de ação direta, ocupações urbanas. As jornadas de junho, com sua complexidade e heterogeneidade, levaram as ruas milhares de pessoas, além da juventude e dos estudantes, em torno da tarifa zero, mas com outras pautas nacionais urgentes e locais, igualmente urgentes.

Como genuíno "comitê de negócios do capital" - a prefeitura segue a politica anterior no transporte, acirrando o conflito com o SINTRATURB e desconsiderando os pleitos do MPL e da Frente Unificada pelo transporte. Além disto, presenteia a população com a FARSA do PLANO DIRETOR, com requintes colonialistas e tecnicistas, de braços dados com a mídia local. A cidade do mercado tenta se impor a cidade dos direitos.

Para conversar sobre isto e fortalecer a cidade de direitos, o diretório municipal do PSOL convida todos e todas para um encontro no dia 9, quarta-feira, às 19 horas no SINTESPE para debatermos sobre esse importante tema. O tema do debate será:
CONFLITOS URBANOS: Cidade Direito x Cidade Mercado. 

Estão confirmados:
- Ruy Pure Alves - Representanto do Distrito Sede (Centro) no Núcleo Gestor
- Representante do MPL
- Representante da Frente Autônoma de Luta por Moradia

Relembrando:
Quando?
Quarta-feira, 09/10, às 19 horas
Onde?
SINTESPE. Praça Olivio Amorim, 82, Centro

PSOL SC tem novo diretório e o jornalista Leonel Camasão é eleito presidente


Foto: PSOL-SC
O 4º Congresso do PSOL de Santa Catarina elegeu o jornalista Leonel Camasão para presidir o partido nos próximos dois anos. Com 60% dos votos, a chapa "Unidade Socialista por um PSOL Popular" ganhou o direito de indicar o presidente e outros 16 membros do Diretório Estadual do partido, que totaliza 28 cadeiras. 

Com militância política em Joinville, maior cidade do Estado, Leonel substitui, na presidência do partido, o vereador Afrânio Boppré, de Florianópolis. 

A trajetória de Leonel teve início no movimento estudantil, com passagens pelo Movimento Passe Livre e movimentos ligados aos direitos humanos. Atualmente, faz parte da direção do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. 

A chapa vencedora contava com o apoio de outras lideranças do partido, como o vereador Afrânio, e os ex-candidatos Elson Pereira e Rafael Melo, que concorreram às prefeituras de Florianópolis e São José, respectivamente. 

Também foram eleitos três delegados ao Congresso Nacional do Partido. A chapa "Unidade Socialista" ficou com duas vagas, indicando os nomes de Leonel e Elson. A chapa "Para o PSOL Continuar Necessário", liderada pela presidenta do PSOL Florianópolis, Lea Medeiros, ficou com a terceira vaga. 
 
Veja os resultados completos
Eleição para delegados nacionais
Chapa 3 - Unidade Socialista Por um PSOL Popular/Independentes
56,52% - 2 delegados
 
Chapa 1 - Para o PSOL continuar Necessário/Independentes
21,74% - 1 delegado
 
Chapa 2 - Democracia Real Já, nas ruas e no PSOL/Independentes
17,39% - Nenhum delegado
 
Uma abstenção
 
Eleição para direção estadual
Chapa 3 - Unidade Socialista Por um PSOL Popular/Independentes
60,87% - 17 cadeiras (4 executivas)
 
Chapa 2 - Democracia Real Já, nas ruas e no PSOL/Independentes
26,09% - 7 cadeiras (2 executivas)
 
Chapa 1 - Para o PSOL continuar Necessário/Independentes
13,04% - 4 cadeiras (1 executiva)
 

Assista ao programa político do PSOL, veiculado nesta quinta-feira (03), em todos os canais da TV aberta

Foi ao ar nesta quinta-feira (03), em cadeia nacional de rádio e TV, o segundo programa político do PSOL em 2013. Conforme estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o programa teve 5 minutos de duração e foi transmitido nas emissoras de rádio AM e FM e de TV aberta.

O programa retrata as manifestações de junho, expressa a oposição de esquerda e programática ao governo Dilma, critica as políticas conservadoras em pauta no Congresso Nacional, como a terceirização e os ataques aos direitos indígenas, e apresenta as principais propostas do partido – voto aberto, reforma política, casamento civil igualitário, luta contra os leilões do petróleo, democratização da mídia e combate à corrupção.

Assista abaixo.

PSOL e PCLCP organizam debate sobre a construção do projeto popular para SC

O PSOL e o Polo Comunista Luiz Carlos Prestes (PCLCP) organizam nesta sexta-feira um debate sobre a construção de um projeto popular para Santa Catarina. A mesa de debates será composta pelo ex-candidato a Presidente da República pelo PSOL, Plinio de Arruda Sampaio, o Presidente Nacional do PSOL, Deputado Federal Ivan Valente, o Deputado Estadual Amauri Soares, do PCLCP e recém filiado ao PSOL. A mesa será coordenado pelo Vereador e Presidente Estadual do PSOL SC, Afrânio Boppré, e tem como como convidados as organizações: Refundação Comunista e Brigadas Populares. 

O debate será no plenarinho da ALESC, às 19 horas. Veja o evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1385194245050303/





Programa de TV do PSOL vai ao ar nesta quinta-feira

Na próxima quinta-feira, 3 de outubro, será transmitido, em cadeia nacional de rádio e TV, o programa do PSOL deste segundo semestre de 2013. Conforme estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o programa terá 5 minutos de duração. Nas emissoras de rádio AM e FM, o programa será transmitido às 20h. E na TV será às 20h30, em todos os canais de sinal aberto.
 
O programa vai retratar as manifestações de junho, expressar a oposição de esquerda e programática ao governo Dilma, criticar as políticas conservadoras em pauta no congresso nacional, como a terceirização e os ataques aos direitos indígenas e apresentar as principais propostas do partido – voto aberto, reforma política, casamento civil igualitário, luta contra os leilões do petróleo, democratização da mídia e combate à corrupção.
 
Não perca e ajude a divulgar o programa nas redes sociais.

Deputado estadual Amauri Soares se filia ao PSOL e reforça o partido como a alternativa de esquerda


Foto: PSOL-SC
Do site do PSOL Nacional, Leonor Costa

O PSOL de Santa Catarina, e por conseqüência o PSOL Nacional, ganhou um reforço importante nesta terça-feira (01/10), com a filiação do deputado estadual Sargento Amauri Soares. O ato político de filiação, seguido de coletiva à imprensa, realizado na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), contou com a participação do presidente do diretório estadual e vereador em Florianópolis, Afrânio Boppré, da presidente do diretório municipal, Lea Medeiros, de outros militantes do PSOL no Estado, de lideranças dos movimentos estudantis e dos trabalhadores sem terra, da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) e de sindicatos.

Sargento Soares, considerado um comunista histórico e que está em seu segundo mandato de deputado estadual, explica que a sua entrada no PSOL tem a perspectiva de fortalecer o bloco popular de esquerda em Santa Catarina. "Temos que reaglutinar a população para se contrapor ao bloco dominante, já que temos quase uma ditadura do pensamento único hoje em nosso país. E o PSOL é a alternativa", afirmou Sargento Amauri Soares, logo após o ato de filiação na Alesc.

Para reafirmar a escolha pelo PSOL, o deputado estadual citou os parlamentares do partido no Congresso Nacional, que, segundo ele, são os únicos que fazem o enfrentamento com as pautas históricas da esquerda. "A bancada do PSOL no Congresso Nacional é que cumpre esse papel à esquerda. No PSOL, nosso mandato segue na defesa dos interesses da classe trabalhadora e na luta pela transformação socialista da sociedade".

Sobre a sua expulsão do PDT recentemente, o novo filiado ao PSOL afirma que isso se deu pelo fato de que o seu mandato nunca compactuou com acordos e conchavos que favorecem setores dominantes e com a linha fisiológica adotada pela sua antiga sigla. "Eles me expulsaram porque não queriam um parlamentar que discordasse e denunciasse os acordos que vinham fazendo. Os problemas já viam de muito tempo e já não estava mais sendo possível atuar no partido (PDT). Essa saída, ao mesmo tempo que nos deixa indignado, nos honra, porque significa que mantivemos a coerência e as posições firmes em defesa da classe trabalhadora".

Em nota publicada no site do seu mandato, Sargento Soares reafirma seu compromisso com os ideais socialistas e explica os motivos que o levaram às divergências. "Devo explicar porque, de certo modo, é para mim uma honra ser vítima deste ato covarde de expulsão. Em primeiro lugar, porque ele é um ataque extremado dos que, apesar de traficar com seu próprio ideário herdado, sabem que nunca iriam nos desviar de nossas convicções político-ideológicas e de uma prática coerente com a sólida identidade socialista. Em segundo lugar, porque as pessoas que decidiram me expulsar abandonaram há muito tempo o melhor da tradição trabalhista: o legado brizolista, a batalha pelos interesses do povo brasileiro, a luta contra o imperialismo e qualquer verniz de luta pelo socialismo. É coerente que os que traem o melhor do seu passado também reneguem as suas alianças e amizades mais saudáveis".

Afrânio Boppré, presidente do PSOL-SC e secretário de Relações Internacionais do PSOL Nacional, considera a entrada de Sargento Amauri Soares como um reforço importante para a atuação do partido em Santa Catarina. Segundo Boppré, com o deputado estadual também vieram para o partido outros militantes que se somarão à luta socialista.

"O Sargento Soares é um comunista histórico e respeitado no nosso Estado. A vinda dele mostra o trabalho do PSOL como referência e alternativa à esquerda, reconhecida pelo povo", avaliou o vereador e dirigente do partido.

PSOL se fortalece com a adesão de novos militantes em todo Estado

O PSOL oficializou nesta terça-feira (1º) a filiação do deputado estadual Amauri Soares. É a segunda vez que o partido assume uma cadeira na Assembleia Legislativa. A primeira foi quando o então deputado Afrânio Bopreé, hoje vereador em Florianópolis, deixou o PT para fundar o Partido no Estado.
Presidente estadual do partido, Afrânio estava ao lado de Soares no momento da filiação. Também estavam presentes a presidenta do Partido em Florianópolis, Léa Medeiros, o ex-candidato a prefeito na cidade, Elson Pereira, Rafael Melo, ex-candidato a prefeito de São José, domicílio eleitoral do Deputado, e dezenas de lideranças do PSOL, como Alberi Adriano, Tico Lacerda e Valdir Braz,  e da Aprasc – Associação de Praças da Polícia Militar de SC.
Durante os últimos dias, militantes de movimentos sociais, em todo o Estado aderiram ao Partido. É o caso, por exemplo, do conhecido músico e ativista cultural, Neco, proprietário do Rancho do Neco, no Sambaqui e Ricardo Muller, liderança comunitária do bairro Coqueiros que defende com unhas e dentes uma das últimas áreas de mangue na região continental da cidade, visada por um grupo empresarial para erguer mais um empreendimento imobiliário. Também se filiaram ao PSOL, Pedro Costa, liderança comunitária de Blumenau, Márcio Forte, do movimento de defesa da saúde pública, Armindo Maria, de Blumenau, João Ernesto Kock, de Florianópolis, Laurindo Nereu Guisel, de Chapecó, entre muitos outros.
“Tenho certeza que a adesão do deputado Soares e de todos esses companheiros vão contribuir para fortalecimento do nosso Partido em Santa Catarina e nos tornar cada vez mais a referência de esquerda para a sociedade”, disse o vereador Afrânio.

PDP em xeque - as jogadas estão postas


É preciso resgatar o processo do PDP e seus antecedentes para entender o conflito posto à mesa nesses dias decisivos de outubro. Essa ‘visão de conjunto’ é fundamental para entendermos esse momento pela qual estamos passando no PDP de Florianópolis.
O ‘Movimento Pela Reforma Urbana’, arquitetado nos idos dos anos 80, conseguiu inserir na Constituinte de 88 uma série de dispositivos de planejamento urbano que desencadearam sucessivos processos de normatização, tal como o que confluiu para a discussão e aprovação do Estatuto da Cidade em 2001, treze anos após, fato que já evidencia premeditada procrastinação do processo legislativo quando esta morosidade visa privilegiar determinados setores, como neste caso, o da construção civil e especulação imobiliária, em detrimento da qualidade de vida da população e da natureza.
Ainda que não perfeita, essa lei federal obriga os municípios, especialmente os maiores, a adotar uma série de procedimentos quanto à discussão e aprovação de seus Planos Diretores, entre os quais, a criação de um ‘Núcleo Gestor Municipal do Plano Diretor’, assim como a imposição de que o processo seja ‘participativo’, e cuja atribuição precípua é a de regular todo esse processo. Isso representou um enorme avanço em cima de tudo o que havia anteriormente em termos de planejamento urbano no país, feito intra-muros. Porém, os setores interessados em que esse processo não funcione a contento fazem de tudo para descaracterizá-lo, ferir suas bases conceituais e, pior, ao longo dos últimos anos, bolaram uma série de estratagemas que conformam um ‘jogo de faz-de-conta’, dando um matiz de participação popular apenas para cumprir formalmente o enunciado disposto em lei, quando não ignorando solenemente os ‘núcleos gestores’ constituídos, como foi o caso de Florianópolis, mais uma vez reprisado por via das últimas ações da PMF.
No dia 28 de setembro de 2006 tem-se o registro formal da primeira reunião do Núcleo Gestor Municipal do PDP já constituído, realizada na sede da OAB/SC, há exatos sete anos. Ela, porém, foi precedida por uma série de Reuniões Públicas, entre elas duas realizadas no Teatro Álvaro de Carvalho, em julho e agosto daquele ano, visando discutir a formação do NGM que, inicialmente, ficaria composto por 26 membros apenas. Posteriormente, em votação apertada, venceu a proposta de expandir o colegiado para 39 membros, agregando aos 26 originais, outros 13 representantes dos 12 Distritos da capital, subdividindo o Distrito Centro em duas representações, uma da ilha, outra do continente, dada a sua dimensão territorial e populacional. Essa ‘saudável e democrática expansão’ alteraria a composição dos blocos presentes no NGM, fazendo como que a bancada do governo diminuísse em proporção frente às bancadas das entidades e aquela emanada pelos Distritos. Foi, portanto, uma grande vitória para o movimento popular da cidade. Estávamos no 2º ano do governo Dario Berger que prometia entregar o anteprojeto em no máximo um ano, como ‘grande realização do seu governo’, e sempre tomado como ‘absoluta prioridade’, conforme dizia à época.
A eleição dos representantes distritais desencadeou uma disputa frenética por posições políticas de todos os setores envolvidos no processo, algumas até resultando em conflitos abertos, porém, todas legitimadas por um regramento inquestionavelmente democrático estabelecido pelo próprio Núcleo Gestor Municipal, e que foi implementado equanimente do início ao fim nessa 1ª bateria de 13 Audiências Públicas Distritais pelo IPUF. O processo de participação popular tomou um vulto inesperado até mesmo para as lideranças comunitárias envolvidas à época, por vezes atropeladas pela força da pressão autônoma exercida pelas suas comunidades, quando se deu a 2ª bateria de Audiências Públicas para deliberação das diretrizes emanadas da chamada ‘leitura comunitária’. Com elas, estavam traçadas as linhas gerais que fundamentariam todo o anteprojeto do PDP, colidindo frontalmente com os interesses especulativos e dos setores empresariais da cidade. Acuada politicamente, a Prefeitura optou por ‘esfriar o processo participativo’, suspendendo os trabalhos do NGM ao final de 2008, tomando como argumento/pretexto um documento emanado pela então já formada ‘bancada popular’, grupo de representantes de distritos e algumas entidades dos movimentos sociais da cidade. Efetivou-se, assim, o primeiro golpe na democracia participativa do processo do PDP, o qual continuaria sob o comando burocrático do IPUF na seqüência do 2º governo Dario Berger, reeleito para mais um mandato. Em março de 2010, a ‘revolta do TAC’ selaria o rechaço a malfadada proposta elaborada pela CEPA, empresa argentina contratada pelo IPUF, para estupefação geral.
Por força dos movimentos sociais e bases distritais constituídas nessa primeira fase, fez-se a ‘auto-convocação’ do NGM no início de 2009 e buscou-se, acima de tudo, obrigar a PMF a retomar o processo por via da reconvocação do NGM, operação de resistência popular desgastante e morosa que só obteve êxito em agosto de 2011, já em meio a franco processo de esvaziamento de participação popular. Um dos mais fortes argumentos utilizados pela ‘bancada popular’ e pelos MP’s foi justamente o descumprimento do Estatuto da Cidade, pressão que sob a ameaça de ‘improbidade administrativa’, fez com que Dario Berger reconvocasse formalmente o NGM, colocando à sua frente Rodolfo Pinto da Luz, por ‘ironia do destino’, o atual Secretário de Educação de Cezar Souza Jr.. Mais uma vez, assim como em 2007, Dario prometia que entregaria o anteprojeto e o aprovaria na Câmara Municipal até o final de seu 2º governo e, mais uma vez, o processo foi arrastado por culpa da própria administração que não colocou sua máquina para ultimar o anteprojeto como deveria ser feito e empreender a articulação política para aprová-lo.
Diante do orquestrado ‘jogo de empulhação procrastinadora’, as forças empresariais e o jogo político perverso dos principais atores políticos envolvidos na cidade começaram a atribuir os constantes atrasos do PDP ao Núcleo Gestor Municipal, consolidando a noção da ‘pressa’ para ultimar o processo, um dos argumentos falaciosos que embala o atual discurso de César Souza Jr, segundo ele, urgência esta necessária para ‘o bem da cidade’.
Em clássico rompante midiático, anunciou no dia 25 de abril deste ano a ‘retomada do NGM’, emitindo decreto de reconstituição do mesmo, porém, retirando-lhe a principal atribuição, que é a de normatizar o processo de discussão e deliberação, tornando o NGM mera ‘peça decorativa’ do PDP. Ainda no evento de abril, o IPUF anunciava para alguns dias mais a apresentação da primeira minuta do anteprojeto que, pasme, até hoje não se viu disponibilizada em lugar algum.
Desde fins de abril o NGM vive um ‘dilema existencial’, pois não faz idéia se existe ou não existe para as vias de fato e de direito, já que ora é chamado para discutir, ora é ignorado quando discute e decide, como foi o caso da última reunião formal acontecida em 5 de setembro último. Esta reunião deliberou, em votação que apontou 16 votos a favor contra apenas 5 votos contrários (dados à proposta da PMF/IPUF), pela realização de uma bateria de APs Distritais, na esteira do processo vivido em 2007/2008 o qual chancelou, à época, as diretrizes comunitárias e gerais do PDP, processo carregado por enorme grau de participação popular e inquestionável legitimidade.
Na mesma reunião do dia 5, este que redige estas linhas apresentou uma proposta de ‘macro-calendário’, o qual acolheria a bateria das APs Distritais e culminaria o processo deliberativo do anteprojeto em uma Audiência Municipal a ser feita ainda até o final deste ano, contemplando todas as partes que querem ver o processo encerrado o quanto antes e da forma como manda a lei. A proposta, porém, sequer foi permitido discutir no plenário uma vez que, em gesto antidemocrático e francamente desrespeitoso ao colegiado, o presidente do NGM, Dalmo Vieira, encerrou intempestivamente a reunião bem antes do seu horário regimental, alegando levar ao Prefeito a deliberação recém emanada no colegiado, reprisando, assim, um gesto exatamente igual ao feito por Ildo Rosa (então presidente do NGM) cinco anos atrás, quando este recebeu o documento/proposta da ‘bancada popular’, acima lembrado. O seu modus operandi parece ter ‘feito escola’ na administração municipal.
Mas agora, ao contrário de Dario Berger, que em 2009 suspendeu oficialmente as funções do NGM, Cezar Souza o pôs em uma espécie de ‘limbo’ jurídico, razão do seu dilema existencial, comunicando em uma nota lacônica assinada pelo Presidente do NGM, que, para todos efeitos não foi extinto, eivada de omissões e falsas premissas, a exemplo das que reportei acima, que ‘tem o maior respeito pelo colegiado’, mas que, diante da conjuntura, fará mesmo o que deu na sua telha autoritária. Não é pouco.
Em verdade, pretende entregar o anteprojeto sem passar pela chancela de Audiências Distritais, substituindo-as pelo que chama de ‘oficinas comunitárias’ e culminando o processo em uma só ‘Audiência Geral’, que sequer terá caráter deliberativo como se observa, pois chamada para ocorrer entre 19h e 22h do próximo dia 17 de outubro, logo mais. Dias depois, garante, entregará o texto para a Câmara Municipal, atropelando tudo o que recomenda um processo participativo e que, por esse caráter, pode ser acolhido como legal e legítimo. Arrisca-se, pois, a algum desgaste político que, em seus cálculos, certamente está disposto a enfrentar. Tem, porém, a seu dispor, um quartel de comunicadores, formadores de opinião e entidades vassalas que, segundo seus cálculos, imprimirão força midiática a suas posições tão hegemônica que neutralizará qualquer oposição, ainda que esta seja calcada no simples cumprimento da lei.
O movimento popular da cidade, no entanto, além da cautela que deve ter diante do que apresentará o texto do anteprojeto, deve reivindicar a aplicação da lei sem subterfúgios, sem meias tonalidades, exigindo a prevalência da decisão do NGM tomada em sua última reunião, que é a realização das Audiências Públicas Distritais antes da realização da AP Municipal, além de bem convocadas e organizadas, por pressuposto, conferindo ao NGM a primazia sobre o processo, como manda a lei e por ele havia sido decidido legitimamente em sua última reunião no dia 5.09.
O ‘cálculo político’ de Cezar Souza toma como base a franca desmobilização popular em torno do tema, já que levado aos trancos e barrancos ao longo de penosos sete anos como relatei acima, e computa que, diante de possíveis ‘jus esperniandis’ aqui e acolá, superará o desgaste da crítica a seus atos imperiais pelo cumprimento de sua promessa de campanha, constantemente reiterada – a entregar do anteprojeto do PDP à Câmara até o final deste ano. Misturam-se, com rara nitidez, nesse tumultuado processo, conteúdo e método, ambos irremediavelmente arranhados por culpa de sucessivas administrações municipais que descumpriram o Estatuto da Cidade e quando o fizeram, o fizeram ‘a meia boca’, como mais uma vez se vê agora.
Parece incrível que, depois das imensas mobilizações de junho e julho no país, em prol de mais democracia participativa, transparência e tantas outras reivindicações ‘mais republicanas’, o governo municipal se dê o luxo (ou arrogância) de executar um processo imperial dessa natureza, impondo sua agenda política ao ignorar solenemente o Núcleo Gestor Municipal do PDP. Se há uma conclusão que se poderá antecipar de antemão desse tumultuado processo do PDP em Florianópolis, é a de que em realidade somente um setor da cidade saiu dele vitorioso e ganhando política e economicamente: o da construção civil de braço dado com a especulação imobiliária, em detrimento da ampla maioria da população vivendo em meio a congestionamentos torturantes e tropeçando por sobre esgoto a céu aberto.
A você que leu essas linhas peço para ficar antenado nas posições e participar das ações que serão levadas a efeito pela ‘bancada popular’ do NGM que, em linhas gerais, procurarão denunciar o ‘embuste de democracia participativa’ perpetrada pelo governo municipal, ao mesmo tempo reivindicando uma série de questões-chave no texto do anteprojeto que será enviado à Câmara nos próximos dias, a se cumprir esse calendário imposto goela abaixo pela Prefeitura. Depois, porém, na Câmara Municipal, começa outra briga para que não tenhamos extirpado do texto e dos mapas decorrentes, aqueles quesitos que foram objeto da primeira fase do PDP. Portanto, meu amigo, se você acha que alguém já ‘ganhou a guerra’, prepare seu espírito, pois isso que estamos vivenciando é apenas mais uma batalha pelo direito à cidade e plena cidadania.
Florianópolis, 30 de setembro de 2013
Gert Schinke
Representante Titular Distrital do Pântano do Sul no NGM-PDP

Parlamentares do PSOL protocolam ação popular na Justiça Federal pedindo suspensão do leilão do campo de Libra


Senador Randolfe protocola ação popular na Justiça Federal, em Brasília / Foto: Gisele Barbieri
Do site do PSOL Nacional, Leonor Costa

A ação tem como rés a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e sua diretora geral, Magda Maria de Regina Chambriard

O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, protocolou na tarde desta quarta-feira (25), na Justiça Federal em Brasília, ação popular com pedido de liminar para que seja sustado o leilão de petróleo do campo de Libra, localizado na Bacia de Santos. A rodada de leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) está prevista para ocorrer no dia 21 de outubro.

Assinada pelos deputados Ivan Valente – presidente do PSOL Nacional, Chico Alencar e Jean Wyllys e pelo senador Randolfe Rodrigues, a ação considera o leilão como ato lesivo ao patrimônio público e aos interesses nacionais. “A Petrobras, por determinação do seu principal acionista, a União, está perdendo capital com importação de derivados, vendendo-os por preços menores, e pode não dispor de recursos para participar de muitas áreas oferecidas nos leilões”, afirma o texto.

A ação reforça, ainda, que a transferência deste manancial ao capital estrangeiro está sendo feita sem que o país tenha qualquer urgência do ponto de vista de suas necessidades energéticas. “O leilão não tem por objetivo suprir qualquer necessidade de abastecimento do país”, pondera.

Segundo os dados do Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, as reservas brasileiras de petróleo já reconhecidas internacionalmente registraram aumento de 5,6% em 2012, atingindo 15 bilhões de barris, o que colocou o País na 14ª posição mundial. Já as reservas de gás natural cresceram 8,6%, para 459,4 bilhões m³, fato que levou o Brasil à 31ª colocação no ranking das maiores reservas.

Ao apresentar esses dados na ação popular, o PSOL argumenta que “a soma das reservas já reconhecidas - 15 bilhões de barris - e das reservas do pré-sal já descobertas pela Petrobras - 54 bilhões de barris - representa um contingente de 69 bilhões de barris de reservas, o que equivale a aproximadamente 50 anos de autossuficiência da produção nacional deste produto, tendo em vista que as previsões da ANP sobre autossuficiência eram de 15 anos com 14 bilhões de barris”.

Nesse sentido, conforme pondera o PSOL, um segundo ponto fundamental previsto na ação popular é que não há qualquer urgência na licitação de uma das maiores reservas de petróleo do mundo. “A realização do leilão configura ato lesivo ao patrimônio público e aos interesses nacionais”, enfatiza.

Outra questão ponderada pelo PSOL é quanto ao papel do Tribunal de Contas da União (TCU) nesse processo, que não foi ouvido até o momento. Na ação, o partido denuncia que o leilão ainda se configura em “flagrante ofensa ao TCU”, que tem por obrigação acompanhar e conceder parecer prévio sobre procedimentos licitatórios.

“Nas concessões ou partilhas de exploração de petróleo, o TCU deve acompanhar todas as fases dos processos de outorga, os procedimentos licitatórios e os atos decorrentes. Conforme a IN/TCU 27, a atribuição do TCU se desenvolve em quatro estágios: primeiro, examina os estudos de viabilidade econômica e os relatórios sintéticos dos estudos de impacto ambiental, que devem ser encaminhados pela ANP ao TCU antes da publicação do edital de licitação; segundo, faz a verificação do edital e a minuta de contrato; terceiro, verifica os procedimentos ocorridos na fase de habilitação e julgamento das propostas dos licitantes; e quarto, fiscaliza o ato de outorga e os contratos”, pontua.

Além desses fatos, há a questão da espionagem norte-americana sobre a Petrobras, confirmada por documentos divulgados por Edward Snowden, ex-analista da Agência Nacional de Espionagem dos Estados Unidos (NSA).

Em pronunciamento nesta tarde no plenário da Câmara, o presidente do PSOL, deputado Ivan Valente, ao informar a ação protocolada pelo partido na Justiça Federal, denunciou que o leilão é desnecessário ao país e, por isso, defendeu a sua suspensão, conforme os questionamentos apresentados na ação popular. Ele lembrou, ainda, que o fato de a Petrobras estar entre os alvos de espionagem dos EUA, já coloca o processo sob suspeita. “O que está em jogo é uma reserva brasileira de quase 16 bilhões de barris. Esse leilão é um ato lesivo à nação”, ponderou.

A ação popular tem como rés a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e sua diretora geral, Magda Maria de Regina Chambriard.

PSOL Florianópolis renova direção municipal


A direção municipal do PSOL de Florianópolis está de cara nova. Lea Medeiros, professora e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Sintrasem), é a nova presidenta do partido na capital catarinense. 

A eleição ocorreu em agosto, mas a divisão de tarefas e funções ocorreu apenas no dia 5 de setembro. Ao todo, a direção será composta por 13 militantes do partido, tendo uma executiva de 7 membros. 

Veja as funções de cada um

Lea Medeiros
Presidente

Anderson Morais
Secretário Geral

Stella Veiga
Tesouraria

Alberi Leopoldo Adriano
Formação Política

Valmir Braz de Souza
Mobilização

Tânia Maria Ramos
Movimentos Sociais

Tiago de Azevedo
Comunicação

Vogais
Elisa Ferreira
Georgia Domingues
Hudson Neves
Josemir Cunha
Midiã Fraga
Paulo Wilpert

Por um debate "verdadeiramente" democrático sobre o transporte público de Florianópolis



Nota do PSOL-Florianópolis sobre a audiência que tratará do edital de licitação do transporte público.

 Nos meses de junho e julho deste ano, Florianópolis assim como o resto do país, foi sacudida por uma onda de manifestações que se iniciou com a exigência de melhorias no transporte público e se ampliou para a indignação da população referente à maneira equivocada como os governos estão conduzindo o país, os estados e as cidades. A revolta da população pela situação da saúde, educação, transportes, bem como pelas denúncias de corrupção e quanto às prioridades dos gastos do governo, demonstravam a total descrença das pessoas nas instituições governamentais e nos partidos. 

Após esses acontecimentos, era de se esperar, ao menos, que os governos conduzissem suas politicas com efetiva participação popular. Porém, não é essa a atitude que o prefeito Cesar Souza Jr tem adotado, nem para a principal pauta que tem gerado manifestações na cidade nos últimos dez anos: o transporte público. Ao marcar a audiência sobre a licitação do transporte para às 8 horas da manhã de segunda-feira, dia 9 de setembro, inviabiliza a participação da grande maioria da população que trabalha nesse horário.

O prefeito afirma que a nova licitação (que nada mais é do que uma obrigação do poder executivo) será a grande solução para o transporte da cidade e que isso reduzirá a tarifa. Porém, essa redução já poderia ter acontecido pela isenção de impostos sobre o transporte. Assim, tenta transformar a licitação numa grande realização de sua gestão, sem discutir a situação do transporte público da cidade junto àqueles que sofrem seus problemas todos os dias - a população de Florianópolis. O Chefe do Executivo mostra-se, mais uma vez, ao lado dos empresários, garantindo um processo de renovação por mais 20 anos (renováveis por até 40 anos) de um sistema que os moradores de Florianópolis já afirmam, há muito tempo, como incapaz de garantir a mobilidade na cidade.  

O PSOL-Florianópolis repudia a forma com quel o prefeito Cesar Souza Jr. tem conduzido o debate sobre esse tema sem a efetiva participação popular. Exigimos que os rumos do transporte urbano sejam decididos em um processo verdadeiramente democrático, no qual o povo de Florianópolis tenha possibilidade de opinar.

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) - Florianópolis
6 de setembro de 2013 

Deputado Jean Willys (PSOL-RJ) convida para a Parada da Diversidade de Floripa


Deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) grava depoimento para a Parada da Diversidade de Floripa, que acontece no domingo, dia 8. Confira:

Em nota, bancada do PSOL repudia não cassação do mandato de deputado preso há 8 meses



Painel do plenário mostra resultado da votação / Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Do site do PSOL Nacional, Leonor Costa

Para Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys, 
esta Legislatura será lembrada como a que afirmou que ser condenado por roubo ao Erário e formação de quadrilha não é incompatível com o exercício da função parlamentar
 
Após horas de discussão, o plenário da Câmara dos Deputados manteve, na noite desta quarta-feira (28), o mandato do deputado Natan Donadon (Ex-PMDB-RO), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de peculato e formação de quadrilha. Para ser cassado, eram necessários 257 votos ou mais a favor da perda do mandato. Os favoráveis à cassação somaram apenas 233 votos, contra 131 e 41 abstenções.
 
O resultado, considerado vergonhoso pelos deputados do PSOL, só reforça a necessidade do fim do voto secreto nas votações na Câmara dos Deputados. Para repudiar tal votação, a bancada emitiu nesta quinta-feira (29) uma nota denunciando que a preservação de mandato parlamentar de Donadon deveu-se ao gesto de 172 deputados “que, sob o manto espúrio do voto secreto, disseram não à cassação ou se abstiveram, e também aos 105 – excetuando o representado, cujo voto não valeu – que se ausentaram de tão importante votação”. 
 
Para Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys, que assinam a nota, a Mesa Diretora da Câmara e os 39 deputados da CCJ (Comissão de Constitioção e Justiça) favoreceram o resultado, pelo fato de não acolherem a interpretação da Constituição – art.15, inciso III; art.55, incisos IV, VI e parágrafo 3º – que determinava a imediata declaração de extinção do mandato do incriminado.
 
“O PSOL repele o continuado corporativismo, inimigo do interesse público, que macula indelevelmente a ação do Poder Legislativo. Esta Legislatura será lembrada como a que afirmou, pelo voto oculto e pela omissão de sua maioria, que ser condenado por roubo ao Erário e formação de quadrilha não é incompatível com o exercício da função parlamentar”, consideram os deputados do PSOL.
 
Assim que a sessão foi encerrada, por volta das 23h, o deputado Chico Alencar comentou em sua página no facebook, que “hoje (ontem) senti, pela primeira vez, não vergonha de ser deputado, mas de pertencer a uma Legislatura capaz de se apequenar tanto. Ao ponto de dizer, através de 172 votantes e 108 ausentes, que condenação por peculato e formação de quadrilha não impede exercício de mandato público”.
 
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente, também comentou o resultado da votação. “Como presidente da Frente Parlamentar pelo voto aberto, afirmo que prevalece a imoralidade, a impunidade e a cumplicidade contra o interesse público. A maioria da Câmara praticou haraquiri. Na contra mão do desejo das ruas por transparência e ética, preferiu proteger o roubo e a corporação”.
 
Na avaliação de Jean Wyllys o desfecho da sessão de ontem aponta que “há uma parcela de deputados que desmoraliza mesmo essa Casa (a Câmara dos Deputados”.
 
Apesar do resultado, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, tomou a decisão de afastar o parlamentar, já que Donadon não poderá exercer as atribuições do mandato. A nota comenta que essa iniciativa do presidente conta com o integral apoio da bancada do PSOL, “ainda que não minimize a gravidade da decisão do Plenário”.
 
Confira abaixo o inteiro teor da nota.
 
Presidiário deputado: não em nosso nome!
 
O PSOL repudia a absurda manutenção do mandato parlamentar de Natan Donadon (ex-PMDB), que cumpre pena de 13 anos, 4 meses e 10 dias no presídio da Papuda, por sentença do STF transitada em julgado.
 
O PSOL denuncia que a preservação de mandato parlamentar de Donadon deveu-se ao gesto de 172 deputado(a)s que, sob o manto espúrio do voto secreto, disseram não à cassação ou se abstiveram, e também aos 105 – excetuando o representado, cujo voto não valeu – que se ausentaram de tão importante votação. Estes são cúmplices por omissão.
 
O PSOL considera também que a Mesa Diretora da Câmara e os 39 deputados da CCJ favoreceram este desfecho, ao não acolherem a interpretação da Constituição – art.15, inciso III; art.55, incisos IV, VI e parágrafo 3º – que determinava a imediata declaração de extinção do mandato do incriminado.
 
O PSOL repele o continuado corporativismo, inimigo do interesse público, que macula indelevelmente a ação do Poder Legislativo. Esta Legislatura será lembrada como a que afirmou, pelo voto oculto e pela omissão de sua maioria, que ser condenado por roubo ao Erário e formação de quadrilha não é incompatível com o exercício da função parlamentar. A decisão do presidente Henrique Alves, de dar posse imediata ao suplente de Donadon, face ao evidente impedimento do titular, conta com nosso integral apoio, ainda que não minimize a gravidade da decisão do Plenário.
 
O PSOL sabe que a indignação popular contra a degeneração da política institucional e contra o Parlamento só vai crescer, e lhe dá razão!
O PSOL, apesar de tudo, continuará sua luta por uma Reforma Política com participação popular, com a qual parte expressiva da atual Câmara não tem qualquer compromisso, e com a imediata aprovação do VOTO ABERTO no Parlamento.
 
Chega de vergonha, basta de virar as costas para a população!
 
Brasília, DF, 29/8/2013
    
Ivan Valente
Deputado federal (PSOL-SP)
Líder do PSOL na Câmara
 
Chico Alencar
Deputado federal (PSOL-RJ)
 
Jean Wyllys
Deputado federal (PSOL-RJ)

Moradores da Serrinha evitam despejos futuros


Vitória parcial da organização do povo!

Acabou há alguns minutos a reunião entre moradores da Serrinha e autoridades da prefeitura. Estavam presentes na mesa representantes da Fiscalização da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), da Defesa Civil, da Guarda Municipal, o procurador do município, e os vereadores Lino Perez (PT) e Afrânio Boppré (PSOL).

A pauta era pelo fim das demolições de casas em áreas que seriam Área de Preservação Permanente (APP).

Ficou acordado que não haverá mais despejo nem demolições no local; em contrapartida, moradores se comprometeram a esperar até quarta feira (07/08) para reconstruir as casas no local.

Na quarta, os moradores voltam a se reunir com os mesmos atores, além de representantes da secretaria municipal de habitação e da secretaria municipal de assistência social.
A pauta vai ser alternativa de moradia para as famílias que estão no local.