Ivan Valente: Que alternativa o Brasil precisa?



Ivan Valente, Deputado Federal e presidente do PSOL nacional
Está antecipada a campanha eleitoral de 2014. Para gosto do noticiário, nomes são lançados para a Presidência da República, animando o jogo político. Nada se fala sobre programas para o país ou divergências estratégicas. Não se vê diferenças efetivas nas questões centrais que marcam a vida política, econômica e social no embate entre as pré-candidaturas tidas como mais competitivas.

Afinal, que posição têm os candidatos sobre o fato de o Brasil gastar quase a metade de seu Orçamento anual para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública em detrimento dos investimentos em saúde e educação? Qual deles é contrário às privatizações de setores estratégicos como portos, aeroportos e ferrovias?

Quem deles questiona os incentivos ao modelo agroexportador, que violenta a biodiversidade? Que pré-candidaturas defendem a jornada de 40 horas semanais de trabalho? Quais querem a anulação da reforma da previdência, maculada pela compra de votos de parlamentares e líderes partidários?

A verdade é que o governo do PT e aliados adotou, engoliu e reverbera o programa e muito do discurso neoliberal da oposição de direita, turbinado por políticas compensatórias. Enquanto isso, Aécio Neves quer representar a alternativa ao lulo-petismo falando apenas em "choque de gestão".

Surgem, então, alternativas oriundas da própria base do governo --uma base heterogênea, ampla e conservadora, numa disputa de espaço que ameaça minar o condomínio de poder. Eduardo Campos, que quer questionar o continuísmo, é o principal exemplo desse fenômeno, mas não apresenta divergências claras, tentando tirar partido da fadiga da disputa tucano-petista.

Nesse rastro, em 2010, Marina Silva, ainda no PV, ganhou enorme espaço. Agora, está novamente na disputa, construindo um novo partido. Segundo ela, uma agremiação que não será nem de oposição nem de situação. Nem de esquerda nem de direita, numa lógica da "desideologização" da política. É caminho aberto para o pragmatismo.

Na contramão dessa opção, afirmamos a necessidade de partidos que tenham programa, ideologia e militância. Partidos invertebrados e sem contornos definidos não fazem bem à democracia. Sabemos que não é possível promover mudanças estruturais sem apontar quem é responsável por um modelo que concentra renda, terra, riqueza e poder.

Aqueles que querem dar um ar de moder
nidade à ideia do fim das ideologias e da dicotomia esquerda/direita na verdade fazem coro ao falso consenso liberal do fim da história.

Reconhecemos o direito à livre organização política e partidária e combatemos medidas restritivas como a cláusula de barreira.

O PSOL, no entanto, não esconde suas opções e se orgulha de ser de esquerda. O que nos diferencia da direita é a luta intransigente pelo fim da desigualdade social e sua naturalização e a defesa da liberdade como valor supremo. Como diria Florestan Fernandes, o que nos faz de esquerda é particularmente a nossa identidade com os "de baixo".

Mantendo sua trajetória de coerência, o PSOL lançará candidato próprio às eleições de 2014. Uma candidatura socialista e de oposição. Defendendo um programa de mudanças profundas, que sirva ao engajamento de milhões de brasileiros na construção de um país justo e solidário.

IVAN VALENTE, 67, é deputado federal e presidente nacional do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)

PSOL é constituído em Biguaçu

Lançamento contou com a participação do único senador do partido, Randolfe Rodrigues.
Rafaella Martins

Diretoria do PSOL em Biguaçu com Afrânio Boppré, Elson Pereira e o senador Randolfe Rodrigues
Foi constituído oficialmente, na tarde desta quinta-feira (14), o PSOL de Biguaçu. Com a proposta de apresentar à população a opção de um partido que segue ideologias, defendendo os direitos humanos e lutando com a sociedade em busca desses interesses, um grupo de jovens resolveu fundar em Biguaçu o partido de esquerda com base socialista.

Um crítico observador da política local, sempre atento a todos os acontecimentos envolvendo o Executivo e o Legislativo de Biguaçu, defendendo os preceitos da honestidade e da legalidade, o primeiro presidente do PSOL no município, Murilo Azevedo, justifica a necessidade de criar uma nova opção política na cidade. “Estamos aqui para diferir do que Biguaçu vem vivendo nos últimos tempos. Viemos para somar, não vivemos à custa de manchar imagem gratuitamente. Temos posição criteriosa, não negociamos, pois acreditamos que não tem meio que justifique algum fim”, afirmou Azevedo.

Para o senador Randolfe Rodrigues, que participou do lançamento do partido na cidade, os resultados das últimas eleições pelo Brasil e na Grande Florianópolis mostram que o PSOL vem se consolidando como alternativa política de esquerda, possibilitando à sociedade a recuperação de sonhos deixados para trás. Feliz pela iniciativa do grupo, o senador ressaltou a pouca idade dos membros do novo partido. “Vivemos em tempos de desânimo da juventude com a política, ver o interesse desses jovens nos deixa muito confiantes”, comemorou.

Estiveram presentes na primeira reunião do PSOL de BIguaçu autoridades como o vereador da capital, Afrânio Boppré, e representantes do partido na região que se destacaram nas eleições municipais de 2012, como o candidato a prefeitura de Florianópolis, Elson Pereira, e de São José, Rafael Melo.

Fonte: ND Online

Militantes do PSOL participam do protesto contra Marco Feliciano em Florianópolis


Juventude do Partido Socialismo e Liberdade produziu cartazes e evento nas redes sociais
Por Aline Takaschima


Pessoas com a cara pintada levantaram cartazes em protesto à eleição do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Senado Nacional na tarde de quarta-feira (14/03). Seguindo o exemplo de outras cidades, como São Paulo e Brasília, o centro de Florianópolis foi palco do movimento contra o político conhecido por suas declarações racistas e homofóbicas. Cerca de 200 pessoas estavam presentes no movimento, dentre elas militantes e simpatizantes do Partido Socialismo e Liberdade.

O evento, que não possui liderança, foi organizado em Florianópolis em duas páginas pelo Facebook: uma pelo produtor cultural, Tiago Franco e outra pelo estudante de ciências sociais da UFSC e militante do PSOL, Roberto Amaro. “Decidi criar o evento pela revolta do jogo político que vivemos hoje”, revela o estudante. Segundo ele, os eventos estavam acontecendo em todas as capitais e Florianópolis não poderia ficar de fora. “Não deram a presidência dos direitos humanos por mérito ou para alguém que tenha conhecimento sobre o assunto e sim para alguém que faz parte da bancada governista”, desabafa o ativista.
A concentração estava marcada para as 17h na frente da Catedral Metropolitana de Florianópolis. Uma hora depois o entorno estava lotado. As pessoas saíram contornando a Rua Trajano, o Terminal de Integração do Centro (Ticen), passando em frente à Câmara Municipal de Florianópolis e retornando a Catedral. Gritos de ordem como “Eu vou lutar, vou resistir, Feliciano pede para sair.” e “Dilma, mas quem diria. Fazendo acordo com a homofobia” acompanharam a caminhada de protesto.

A juventude do PSOL produziu cartazes e distribuiu para os manifestantes. Tânia Ramos, militante do partido e representante do Fórum Catarinense Nacional da Saúde, acredita que a sociedade exige respeito com o ser humano. “Não tem condições esse deputado representar uma comissão de tanta importância conquistada pelo povo”, declara.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Jean Wyllys afirma que eleição de pastor para presidir CDH é consequência da disputa partidária


A posse do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados fala muito sobre as disputas políticas e os acordos partidários em curso no Brasil com vistas às eleições presidenciais de 2014. Essa é a tese defendida pelo parlamentar Jean Wyllys (PSOL-RJ) em entrevista à Rede Brasil Atual. Muito identificado com grupos homossexuais, o deputado afirma ainda que os recentes acontecimentos envolvendo a comissão também dizem respeito a uma "disputa ideológica" em torno dos direitos humanos no país.

"O que acabamos de assistir na Comissão de Direitos Humanos e Minorias está conectado com o jogo político mais amplo e com a disputa de poder envolvendo PT, PSDB e PMDB. É uma pena que parte da imprensa tente folclorizar a disputa pela comissão. Tenta-se dar a aparência de que se trata de uma briga entre mim e Marco Feliciano, dizendo que me oponho à sua indicação porque ele é cristão", explica Jean Wyllys. "Mas meu problema não tem a ver com o fato de ele ser pastor evangélico. É uma questão política: existe uma disputa entre fundamentalistas religiosos e deputados progressistas, que dialogam com os movimentos sociais de esquerda."

De acordo com o parlamentar do PSOL, existe uma "direita cristã" que está aliada com os setores mais conservadores da sociedade – ruralistas, por exemplo – para combater no Congresso Nacional uma perspectiva dos direitos humanos que luta pela inclusão das minorias. Prova disso seriam os largos sorrisos exibidos pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) após a eleição de Marco Feliciano como presidente da comissão. Militar, Bolsonaro é conhecido por suas defesas da ditadura e seus ataques contra negros e homossexuais. Jean Wyllys afirma que, dos 18 membros titulares da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, 11 são pastores. Apenas o PSC possui seis membros, graças à renúncia de parlamentares de PMDB e PSDB.

Essa nova configuração deve conferir ao grupo uma noção de direitos humanos radicalmente diferente da que existia até então. "A força da comissão não está na comissão em si, mas no trabalho que desenvolvemos", explica o deputado do PSOL. "Queremos discutir temas como os grupos de extermínio nas periferias, tortura nas prisões, violência contra mulheres e homossexuais, legalização do aborto, a regulamentação das drogas leves para combater o narcotráfico, a regulamentação da prostituição para garantir o direito das prostitutas e combater o tráfico de mulheres."

Jean Wyllys acredita que essas pautas não terão cabida na comissão presidida por Marco Feliciano. "Eles têm uma perspectiva assistencialista e caritativa dos direitos humanos, que é como as igrejas trabalham em relação com a pobreza. Essa luta exclui a luta das minorias estigmatizadas, como os homossexuais, torturados pela ditadura e populações tradicionais. É a mesma ideia de distribuir sopão na praça. A caridade é importante, mas não resolve o problema nem garante os direitos das minorias. Não quer mexer nas estruturas da sociedade que perpetuam a desigualdade e a discriminação", compara. "A gente não pode aceitar essa situação. Por isso estamos reagindo, para evitar que a noção transformadora dos direitos humanos se percam aqui dentro."

Durante a divisão da presidência das comissões da Câmara, em 27 de fevereiro, o PT abriu mão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que já comandou em 12 ocasiões e que comandava até a última quinta-feira (7) com o deputado maranhense Domingos Dutra. Como tinha direito a dirigir apenas três colegiados, o partido teve outras prioridades – e foi obrigado a ceder os direitos humanos ao PSC. "É a governabilidade", define Jean Wyllys, criando um novo termo para o que acaba de assistir. "Pulamos da realpolitik para a surrealpolitik. Quando você rifa o direito das minorias e contraria descaradamente o princípio da democracia, que deveria protegê-las, você abandona a realpolitik para fazer surrealpolitik."

Bancada do PSOL lança Frente Parlamentar em Defesa da Dignidade Humana e Contra a Violação de Direitos


A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados vai começar, a partir desta quinta-feira (07), a colher assinaturas para constituição da Frente Parlamentar em Defesa da Dignidade Humana e Contra a Violação de Direitos.
 
A criação da Frente é criada como forma de protestar contra a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), pastor que já deu várias declarações racistas e homofóbicas, para presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
 
Para criação da Frente Parlamentar são necessárias 157 assinaturas (1/3 da Casa). Depois as assinaturas são encaminhadas à Mesa Diretora, juntamente com o Estatuto. Em seguida, é definida a data de instalação da Frente.
 
“A eleição do deputado Feliciano inviabiliza os trabalhos da comissão. Será uma comissão dos valores religiosos, do fundamentalismo e da higienização da raça”, avalia o deputado Chico Alencar (RJ).
 
A eleição

Com o plenário de portas fechadas, somente com a presença de parlamentares e servidores, teve início a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na manhã desta quinta-feira. Os manifestantes, que ontem lotaram o plenário, foram impedidos de entrar pelos seguranças da Casa e ficaram na entrada do corredor das Comissões.
 
Vários parlamentares defensores dos direitos humanos tentaram impedir a votação. O deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ) alertou que Marco Feliciano responde à ação administrativa na Câmara por suas declarações homofóbicas. Jean Wyllys criticou a ausência da população na sessão, já que essa é uma Casa do povo e não deveria ser impedida de participar de decisões.
 
O presidente da Comissão, deputado Domingos Dutra (PT/MA), desde o início se mostrou contrário à indicação de Marco Feliciano para o cargo. Ontem ele suspendeu a reunião. Hoje, renunciou ao cargo e deixou o plenário, acompanhado por parlamentares do PT e PSOL. “A Comissão não pode ser um curral fundamentalista”, disse Dutra.
 
Para o deputado Jean Wyllys, um acordo partidário não pode ser maior do que a coerência, referindo-se ao acordo entre partidos que deu a vaga na presidência da CDHM. “A força está no nosso trabalho e vamos continuar agora com a Frente Parlamentar”.
 
“Não vamos assistir passivamente o sepultamento da Comissão e permitir que o direito humano seja um espaço de intransigência e fundamentalismo”, completou o deputado Chico Alencar (PSOL/RJ), que propôs o nome da deputada Luiza Erundina (PSB/SP) para a presidência da Frente Parlamentar.
 
Marco Feliciano foi eleito com 11 votos a favor e um em branco.


Fonte: Liderança do PSOL na Câmara

Nota conjunta da presidência do PSOL Nacional e da secretaria de Relações Internacionais sobre morte do presidente venezuelano Hugo Chávez


O presidente do PSOL Nacional, Ivan Valente, o secretário de Relações Internacionais, Afrânio Boppré, e o líder do PSOL no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), divulgam nota em que lamentam a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ocorrida no final da tarde desta terça-feira (05). Segundo os dirigentes do partido, Chávez foi líder de um dos mais importantes processos de enfrentamento ao imperialismo na América Latina nas últimas décadas. “Hugo Chávez transformou-se num símbolo de resistência ao projeto neoliberal e da luta popular latinoamericana e empenhou-se para fazer da Revolução Bolivariana um processo de acúmulo de forças rumo ao socialismo, na defesa de um projeto alternativo que também se alastrou para outros países”, afirma a nota.
 
Ao final do documento, o PSOL ressalta sua solidariedade ao povo venezuelano e afirma “estar irmanado para marchar ao seu lado em defesa dos valores da Revolução Bolivariana”.  
 
Leia a nota a completa.
 
Nota de pesar do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pelo falecimento do presidente da Venezuela Hugo Chávez Frías
 
O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade vem a público demonstrar seu pesar pelo falecimento do presidente da Venezuela, comandante Hugo Chávez Frías. Líder de um dos mais importantes processos de enfrentamento ao imperialismo na América Latina nas últimas décadas, Hugo Chávez transformou-se num símbolo de resistência ao projeto neoliberal e da luta popular latinoamericana e empenhou-se para fazer da Revolução Bolivariana um processo de acúmulo de forças rumo ao socialismo, na defesa de um projeto alternativo que também se alastrou para outros países. O PSOL se associa a dor do povo venezuelano e reafirma estar irmanado para marchar ao seu lado em defesa dos valores da Revolução Bolivariana.
 
Viva a Revolução Bolivariana!
Viva o Socialismo!
Hugo Chávez: Presente, sempre!
 
 
Ivan Valente
Presidente Nacional do PSOL
Líder do PSOL na Câmara dos Deputados

 
Randolfe Rodrigues
Líder do PSOL no Senado Federal
 
Afrânio Tadeu Boppré
Secretário de Relações Internacionais do PSOL
 
Fonte: PSOL Nacional

PSOL de Santa Catarina promove debate com o Senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP)


O PSOL de Santa Catarina promove no dia 14 de março um debate com o Senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) no Plenarinho da ALESC às 19 horas. O debate contará com a participação do Vereador Afrânio Boppré, o  candidato a prefeito de Florianópolis em 2012, Elson Pereira e o candidato a prefeito de São José em 2012, Rafael Mello. No mesmo evento ocorrerá um ato político de filiações. 

Venha participar, conhecer o PSOL e debater sobre a juventude e a política.