NOTA DO PSOL-FLORIANÓPOLIS SOBRE O AUMENTO DA TARIFA DE ÔNIBUS


O ano de 2015 começou com diversas sinalizações de que será um ano difícil para os brasileiros. Os novos ministros do governo Dilma já apontam para um ano com uma politica econômica de austeridade, com cortes de diretos trabalhistas e sociais.Consolida-se o avanço de politicas de  retração dos direitos constitucionais, no campo e na cidade.
No âmbito dos municípios, a articulação das prefeituras via Frente Nacional de Prefeitos tenta garantir o aumento da tarifa dentro do cenário que avalia mais favorável para si próprios e para aqueles que os financiarão nas eleições de 2016. Assim, os primeiros meses desse ano foram escolhidos para a implementação desse aumento com o objetivo de dificultar as mobilizações populares e evitar uma reedição das manifestações de junho de 2013 no país,  evitando igualmente um aumento de tarifa em ano eleitoral. Em São Paulo, a passagem do transporte público subiu de R$3,00 para R$3,50 e no Rio de Janeiro de R$3,00 para R$3,40. A mesma tendência vem aparecendo em outras cidades brasileiras.
Na capital catarinense, o prefeito César Souza Jr. (PSD) tenta adotar uma postura similar. Entretanto, o desgaste obtido em seus dois primeiros anos de mandato em função do atropelamento dos processos de votação da licitação do transporte público, do Plano Diretor e das recentes denúncias  de corrupção feitas pela  operação Ave de Rapina, onde a investigação da Polícia Federal indica o envolvimento de diversas pessoas do Poder Executivo Municipal e de 14 vereadores, faz com que a prefeitura tenha de ser mais cautelosa em suas medidas. Dessa maneira, chegou a anunciar um reajuste nas tarifas dos transporte no início de dezembro, mas poucos dias depois, recuou dizendo que analisaria as planilhas de custos para definir esse aumento ainda em janeiro. A licitação promovida pela PMF não trouxe avanços para a melhoria do transporte público do município; as mudanças prometidas com a nova licitação se limitaram a pintura de alguns poucos ônibus, além de corte de linhas e horários. Apesar de  propostas supostamente alternativas de  investimentos em outros modais de transporte , coletivo, como o  milionário e  questionável  teleférico,  de notória  ineficiência,  o que se percebe  pela cidade é  o  de aprofundamento do rodoviarismo e do automóvel individual  como  forma  prioritária de transporte para a cidade.
Diante desse cenário  e da iminência de um possível aumento de tarifa, o PSOL de Florianópolis entende que o lugar de seus filiados e militantes é ao lado dos  trabalhadores, dos usuários do transporte e dos movimentos organizados na Frente de Luta pelo Transporte, na construção da redução da tarifa, no fortalecimento dos movimentos sociais da Grande Florianópolis pela garantia dos postos de trabalho dos cobradores,   rumo à tarifa zero e pelo  ao controle social do transporte público.  
Assim, convidamos todas e todos para construírem e participarem do ato no dia 13 de janeiro, às 17 horas, que está sendo chamado pela Frente de Luta pelo Transporte.
  
Pelo pleno Direito  à Cidade
PSOL Florianópolis

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