Deputado estadual Amauri Soares se filia ao PSOL e reforça o partido como a alternativa de esquerda


Foto: PSOL-SC
Do site do PSOL Nacional, Leonor Costa

O PSOL de Santa Catarina, e por conseqüência o PSOL Nacional, ganhou um reforço importante nesta terça-feira (01/10), com a filiação do deputado estadual Sargento Amauri Soares. O ato político de filiação, seguido de coletiva à imprensa, realizado na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), contou com a participação do presidente do diretório estadual e vereador em Florianópolis, Afrânio Boppré, da presidente do diretório municipal, Lea Medeiros, de outros militantes do PSOL no Estado, de lideranças dos movimentos estudantis e dos trabalhadores sem terra, da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) e de sindicatos.

Sargento Soares, considerado um comunista histórico e que está em seu segundo mandato de deputado estadual, explica que a sua entrada no PSOL tem a perspectiva de fortalecer o bloco popular de esquerda em Santa Catarina. "Temos que reaglutinar a população para se contrapor ao bloco dominante, já que temos quase uma ditadura do pensamento único hoje em nosso país. E o PSOL é a alternativa", afirmou Sargento Amauri Soares, logo após o ato de filiação na Alesc.

Para reafirmar a escolha pelo PSOL, o deputado estadual citou os parlamentares do partido no Congresso Nacional, que, segundo ele, são os únicos que fazem o enfrentamento com as pautas históricas da esquerda. "A bancada do PSOL no Congresso Nacional é que cumpre esse papel à esquerda. No PSOL, nosso mandato segue na defesa dos interesses da classe trabalhadora e na luta pela transformação socialista da sociedade".

Sobre a sua expulsão do PDT recentemente, o novo filiado ao PSOL afirma que isso se deu pelo fato de que o seu mandato nunca compactuou com acordos e conchavos que favorecem setores dominantes e com a linha fisiológica adotada pela sua antiga sigla. "Eles me expulsaram porque não queriam um parlamentar que discordasse e denunciasse os acordos que vinham fazendo. Os problemas já viam de muito tempo e já não estava mais sendo possível atuar no partido (PDT). Essa saída, ao mesmo tempo que nos deixa indignado, nos honra, porque significa que mantivemos a coerência e as posições firmes em defesa da classe trabalhadora".

Em nota publicada no site do seu mandato, Sargento Soares reafirma seu compromisso com os ideais socialistas e explica os motivos que o levaram às divergências. "Devo explicar porque, de certo modo, é para mim uma honra ser vítima deste ato covarde de expulsão. Em primeiro lugar, porque ele é um ataque extremado dos que, apesar de traficar com seu próprio ideário herdado, sabem que nunca iriam nos desviar de nossas convicções político-ideológicas e de uma prática coerente com a sólida identidade socialista. Em segundo lugar, porque as pessoas que decidiram me expulsar abandonaram há muito tempo o melhor da tradição trabalhista: o legado brizolista, a batalha pelos interesses do povo brasileiro, a luta contra o imperialismo e qualquer verniz de luta pelo socialismo. É coerente que os que traem o melhor do seu passado também reneguem as suas alianças e amizades mais saudáveis".

Afrânio Boppré, presidente do PSOL-SC e secretário de Relações Internacionais do PSOL Nacional, considera a entrada de Sargento Amauri Soares como um reforço importante para a atuação do partido em Santa Catarina. Segundo Boppré, com o deputado estadual também vieram para o partido outros militantes que se somarão à luta socialista.

"O Sargento Soares é um comunista histórico e respeitado no nosso Estado. A vinda dele mostra o trabalho do PSOL como referência e alternativa à esquerda, reconhecida pelo povo", avaliou o vereador e dirigente do partido.

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